O bloco de 27 nações está ansioso para reativar o turismo, duramente atingido durante a pandemia
A União Europeia (UE) espera reabrir suas fronteiras externas a partir de julho, mas analisará a situação individual da pandemia de covid-19 das nações quinzenalmente, de acordo com diplomatas e um documento com critérios que poderiam barrar a entrada de norte-americanos e russos.
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O bloco de 27 nações está ansioso para reativar o turismo, duramente atingido durante a pandemia, mas o temor de uma segunda onda só permitiu uma reabertura parcial e irregular de fronteiras, e com múltiplas restrições de saúde e segurança.
Visto pela agência de notícias Reuters, o esboço das recomendações da Croácia, que ocupa a presidência rotativa da UE, sugere que se permita a entrada de cidadãos de países de fora do bloco com infecções estáveis ou decrescentes e daqueles com uma "situação epidemiológica comparável ou melhor" do que a da Europa.
O critério epidemiológico é definido como entre 16 e 20 casos novos de infecção por 100 mil pessoas relatados ao longo de 14 dias.
Histórico de exames
Os países também serão avaliados com base em seu histórico de exames, rastreamento de contatos e tratamento, confiabilidade dos dados e arranjos de viagem recíprocos para moradores da UE, de acordo com o documento, que será debatido por embaixadores em Bruxelas nesta quarta-feira, 24.
Com base na atualização mais recente do Centro de Controle e Prevenção de Doenças Europeu (ECDC), a metodologia proposta poderia descartar viajantes dos Estados Unidos e do México, da maior parte da América do Sul, África do Sul, Rússia, Irã, Arábia Saudita e Afeganistão, entre outros. O Brasil se tornou o segundo país do mundo a atingir a marca de 50 mil mortes, só atrás dos Estados Unidos.
Os Estados Unidos, cujo presidente, Donald Trump, proibiu o ingresso de viajantes europeus no início da crise, têm de longe o maior número de casos e mortes do mundo.
Mas diplomatas da UE ressaltaram que os critérios de viagem ainda podem mudar e que as recomendações não se tornarão obrigatórias.
"Parece que existe muita ilusão nestas recomendações. Elas também estão causando muito polêmica. Seja como for, o dia 1º de julho pode passar e muitos países podem seguir seu próprio rumo", disse um diplomata a respeito da proposta da Comissão Europeia.
A proposta, que almeja incentivar uma abordagem coordenada, cobriria o Espaço Schengen, cujas fronteiras normalmente são invisíveis e que une a maioria dos estados do bloco, além de Islândia, Noruega, Suíça e Lichtenstein.
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