Terra da rainha registrou mais de 40 graus nesta terça-feira (19). ONU diz que situações como essa serão “novo normal”
Nesta terça-feira (19), a Inglaterra viveu o que é considerado o dia mais quente de sua história, desde que as medições de temperaturas tiveram início.
Para se ter uma ideia do calorão que fez na terra da rainha, na capital, Londres, os termômetros chegaram a registrar 40,2 ºC.
Segundo o Met Office, serviço de meteorologia oficial britânico, a temperatura média máxima para julho em Londres é de 23,9º C em julho (lembrando que é verão no hemisfério norte). Sendo assim, a temperatura alcançada nesta terça ficou 16,3º acima do esperado para esta época do ano.
A MetSul Meteorologia fez uma projeção do que uma onda de calor igual a que atingiu a Inglaterra provocaria na cidade de São Paulo.
Levando em conta que julho é o equivalente ao nosso mês de janeiro no hemisfério norte, em termos de verão, a MetSul pegou a média máxima de janeiro na capital paulista (Mirante de Santana), que é de 28,6ºC e somou os 16,3ºC a mais que Londres vivenciou nesta onda de calor atual. O resultado foi de assustadores 44,9ºC .
Para se ter uma ideia de como essa temperatura é alta para os padrões paulistanos, a temperatura recorde em São Paulo, ainda segundo a MetSul, é de 37,8ºC, registrada em 17 de outubro de 2014.
O secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial da ONU (Organização das Nações Unidas), Petteri Taalas, disse também nesta terça-feira que as ondas de calor que atingem a Europa nos últimos dias serão o “novo normal”.
“No futuro, esse tipo de onda de calor será normal. Veremos extremos mais fortes. Bombeamos tanto dióxido de carbono na atmosfera que a tendência negativa continuará por décadas. Não conseguimos reduzir nossas emissões globalmente”, declarou Taalas.
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