Segundo New York Times, em reportagem de rodou o mundo, pandemia colocou o sistema público de saúde brasileiro "de joelhos'' e maneira como País lidou com a vacina é um ''caso de advertência'' a não ser seguido por outros países
O New York Times (NYT), um dos jornais mais influentes do mundo, publicou na última semana uma reportagem em que analisa a atual conjuntura política do Brasil em relação à pandemia de coronavírus e os esforços do governo federal para viabilizar a vacina contra o vírus. A reportagem tem repercutido em diversos veículos de imprensa do Brasil e do mundo desde sua publicação.
O NYT ressalta que mesmo com o Brasil possuindo um programa de vacinação reconhecido no mundo todo e com grande capacidade de produção de medicamentos, o plano de vacinação do governo de Bolsonaro, envolto em '‘lutas políticas internas, planejamento aleatório e um crescente movimento antivacinas'’ é pouco claro, o que faz do país um exemplo de advertência a não ser seguido.
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Os cidadãos do Brasil, país com segundo maior número de mortes da pandemia, ‘'não tem noção de quando poderão obter alívio de um vírus que colocou o sistema de saúde pública de joelhos'’, afirma o período norte-americano.
O jornal enumera as ações de Bolsonaro desde o início da pandemia. ‘'O presidente Jair Bolsonaro rejeitou as evidências científicas, chamou o vírus de 'gripezinha' que não justificava o fechamento da maior economia da região e repreendeu os governadores que impuseram medidas de quarentena e fechamento de empresas.’
De acordo com o influente jornal, o plano de vacinação divulgado pelo governo federal, somente após ordem do Supremo Tribunal Federal, não tem “um cronograma detalhado e uma estimativa clara de quantas doses estarão disponíveis”
De acordo com o veículo, no Brasil, o acesso e a segurança da vacina também foi envolvido em uma disputa partidária.
Bolsonaro criticou repetidamente a vacina CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac BioNtech, e chegou a rejeitar o plano de seu ministério da saúde de comprar 46 milhões de doses. Em vez disso, o governo confiou na vacina desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, que está atrasada na corrida para receber a aprovação dos reguladores de saúde.
''A cruzada do presidente contra a vacina chinesa criou uma oportunidade política de ouro para um de seus principais rivais políticos, João Doria, o governador do estado de São Paulo. Doria negociou diretamente com os chineses as doses da vacina, que está sendo desenvolvida em parceria com o centro de pesquisas do Butantan, de São Paulo", afirmou o NYT.
A alegação de Dória é que os estados não podiam esperar que o governo federal, que passou por três ministros da saúde durante a pandemia, agisse em conjunto. “Não podemos esperar até março para começar a usar uma vacina que pode ser usada em janeiro”, disse ele em entrevista.
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