APELO AMBIENTAL

Carros elétricos podem ser exclusividade nas linhas de produção em 14 anos na União Europeia

Proposta que antecede tratado foi discutida em conselho e propõe zerar circulação de usados à combustíveis fosseis até 2050

Da redação
Publicado em 13/07/2021, às 16h57 - Atualizado às 17h01

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Exigências incluem regras para governos reforçarem infraestrutura, sobretudo, de carregamento dos veículos elétricos - Reprodução PxHere - imagem meramente ilustrativa
Exigências incluem regras para governos reforçarem infraestrutura, sobretudo, de carregamento dos veículos elétricos - Reprodução PxHere - imagem meramente ilustrativa

Preocupados com a poluição provocada pelo gás carbônico – CO2 e o alto custo de manutenção dos automóveis com motores movidos a combustão, representantes dos países integrantes da União Europeia visam emissões zeradas de poluentes em 2035, pelo menos em carros zero quilômetro. A proposta que antecede o tratado foi divulgada em recente reunião entre líderes do bloco econômico na quinta-feira (8).

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A Bloomberg teve acesso ao documento denominado Euro 7 e revela que a Comissão Europeia pretende exigir que as emissões de novos carros e vans caiam 65% a partir de 2030 e, sejam reduzidas a zero cinco anos depois.

As exigências, segundo a reportagem, incluem regras para que os governos de cada país reforcem a infraestrutura, sobretudo, de carregamento dos veículos eletricos. O objetivo é que carros a gasolina e diesel, mesmo os usados e seminovos, estejam fora de circulação no máximo até 2050.

Antes da meta de 2035 ser atingida, a UE estabeleceu ainda um propósito de reduzir os gases de efeito estufa em pelo menos 55% em relação aos níveis de 1990, isso até 2030.

Pesquisas

O chefe de pesquisa avançada de transporte da BloombergNEF, Colin McKerracher, ponderou, mas mantém o otimismo com a troca de tecnologia. “Não há como contornar isso. Zerar as emissões líquidas de carbono em 2050 significa eliminar gradualmente ao máximo as vendas de veículos de combustão até 2035”.

Os veículos de passageiros, conforme o estudo, são responsáveis por cerca de 12% das emissões totais de CO2 no continente e as metas existentes em toda a frota exigem uma redução de 37,5% nas vendas de carros a combustão a partir de 2030.

Dificuldades

Os especialistas, no entanto, acreditam que será difícil para as fabricantes atingirem a meta de corte de 60% na produção já em 2030, mesmo com híbridos plug-in, o que para eles representa a necessidade de mais modelos 100% elétricos.

“Essas metas não devem ser uma surpresa, embora claramente exijam uma mudança acelerada”, explicou o analista automotivo do banco Britânico Barclays, Kai Alexander Mueller.

As cinco diretrizes do Euro 7:

1 - O limite de emissão para veículos, atualmente limitado a 30 mg de óxidos de nitrogênio por quilômetro deve ser, agora, de no máximo de 10 mg/km.

2 - As emissões de CO2 devem ser reduzidas para entre 100 e 300mg/km.

3 - Não haverá mais exceções no teste Real Driving Emissions – RDE, que mede as emissões de poluentes, como óxidos de nitrogênio – Nox e partículas que os carros emitem ao rodar na estrada.

4 - Os veículos devem atender aos requisitos entre -10ºC e 40ºC, e em altitudes de 1.000 e 2.000 metros acima do nível do mar.

5 - A vida útil dos veículos novos é definida em 15 anos e/ou 240.000 quilômetros, e estão incluídas as emissões produzidas na condução com reboque, bagageiro ou porta-bicicletas.

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