SUBMERSAS

Aumento do nível do mar deixará casas "debaixo d'água" até 2050 nos EUA, diz estudo

Ainda de acordo com o estudo, o estado norte-americano mais vulnerável é o da Louisiana, no Golfo do México. De acordo com previsões da ONG, mais de 25 mil casas poderão estar submersas em 2050 por lá

Da redação
Publicado em 13/09/2022, às 21h05 - Atualizado às 21h09

FacebookTwitterWhatsApp
De acordo com previsões da ONG, mais de 25 mil casas poderão estar submersas em 2050 no estado norte-americano Louisiana Aumento do nível do mar deixará casas "debaixo d'água" até 2050 nos EUA, diz estudo estatua da liberdade - Foto: Divulgação/iStock
De acordo com previsões da ONG, mais de 25 mil casas poderão estar submersas em 2050 no estado norte-americano Louisiana Aumento do nível do mar deixará casas "debaixo d'água" até 2050 nos EUA, diz estudo estatua da liberdade - Foto: Divulgação/iStock

Com o aumento do nível do mar, aproximadamente 650 mil casas ficarão “debaixo d’água” nos Estados Unidos até 2050. É o que diz um novo estudo da ONG Climate Central. A pesquisa leva em conta as atuais taxas de emissão de gases poluentes.

“Conforme o mar sobe, a maré invade não apenas o litoral, mas o interior também”, afirma Don Bain, consultor sênior da Climate Central e líder do estudo.

LEIA TAMBÉM: Audiência de série da Netflix sobre a vida de Elizabeth II sobe 800%

Ainda de acordo com o estudo, o estado norte-americano mais vulnerável é o da Louisiana, no Golfo do México. De acordo com previsões da ONG, mais de 25 mil casas poderão estar submersas em 2050 por lá.

“As pessoas ainda não perceberam isso. Não pararam pra pensar que as casas e os pertences delas serão tomados pelo mar”, diz Bain.

Um dos territórios do estado, a Ilha de Jean Charles, lar ancestral da tribo indígena Biloxi-Chitimacha-Choctaw, já está 98% debaixo d’água.

O estudo não se limita à quantidade de terra que será “engolida”, mas também calcula as sequelas econômicas do aumento no nível do mar, sobretudo através da análise das perspectivas de valor de propriedade.

O prejuízo em ativos de propriedades totalizaria 108 bilhões de dólares até o final do século. De acordo com o estudo, “a diminuição do valor de propriedade resultaria em uma base tributária menor, o que acarretaria em menores receitas fiscais e baixo investimento em serviços públicos”. Além disso, menos dinheiro proveniente de impostos significaria uma menor verba para combater os efeitos das mudanças climáticas, o que criaria um ciclo vicioso de devastação.

Mas os pesquisadores não estão totalmente sem esperança. Embora os humanos quase certamente precisem se adaptar ao aumento do nível do mar, alguma mitigação ainda é possível.

“Se agirmos em conjunto, podemos chegar a uma curva mais baixa, e isso nos dá tempo”, disse Bain. “Não queremos que o nível do mar suba tão rápido a ponto de superar nossa capacidade de adaptação”, concluiu.

*COM INFORMAÇÕES DO PORTAL OLHAR DIGITAL

Comentários

Receba o melhor do nosso conteúdo em seu e-mail

Cadastre-se, é grátis!