CUIDADO NOS DETALHES

Após beijo de mãe, criança fica internada por grave infecção no rosto

Alerta foi realizada nas redes sociais da própria mãe para conscientizar sobre a infecção em crianças

Da redação
Publicado em 18/07/2022, às 10h44 - Atualizado às 11h38

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Após beijo de mãe, criança fica internada por grave infecção no rosto Herpes simples Rosto de criança com grave ferida no rosto dias após mãe beijá-lala - Reprodução FaceBook/The Crone’s Cottage
Após beijo de mãe, criança fica internada por grave infecção no rosto Herpes simples Rosto de criança com grave ferida no rosto dias após mãe beijá-lala - Reprodução FaceBook/The Crone’s Cottage

Uma criança ficou internada por quatro dias após ser beijada pela mãe que estava com uma afta ativa, a menina teve febre, dores pelo corpo, falta de apetite e uma ferida no rosto depois do simples ato de afeto.

O relato de alerta sobre o tema foi publicado pela própria mãe da pequena Aubree (idade não revelada), por meio do perfil do blog americano The Crone’s Cottage, no Facebook. Segundo ela, em abril deste ano, quando estava com afta, deu um beijo no rosto da filha. Dias após o ato, uma espinha surgiu no rosto da menina que cresceu e estourou, tornando-se uma grave infecção.

“Ao longo dos dias, a ferida ficou maior e começou a infeccionar. Ela começou a ter febre e agir como se estivesse doente. Parou de comer e nem se levantava do sofá. Nós a levamos para um pronto-socorro nos dias 27 e 29. Nas duas vezes ela foi diagnosticada com impetigo e mandada para casa com uma pomada tópica para aplicar na área”, diz o relato traduzido da rede social.

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O problema é que, pouco depois, a mancha dobrou de tamanho, as febres voltaram e Aubree se sentiu mal novamente. “Desta vez, nós a levamos para um hospital infantil, onde foi imediatamente internada devido à infecção. Ela começou a tomar antibióticos fortes e anticorpos para combater a doença”, conta a mãe no post.

Segundo a americana, Aubree ficou quatro dias na unidade pediátrica. Após análise da ferida, os médicos revelaram que a criança tinha adquirido o vírus herpes simplex (também conhecido como herpes labial).

“Como eu tinha uma afta que não estava totalmente curada e estava brincando de beijar minha filha, passei o vírus para ela através de uma pequena espinha no rosto dela. Isso é algo que você ouve falar, mas nunca pensa que realmente aconteceria com você”, afirma a responsável pelo blog The Crone’s Cottage.

O relato foi publicado no dia 27 de junho, quando a criança já estava em casa, medicada e sem riscos maiores. “Não beije bebês quando estiver com afta. Não beije eles quando sentir que tem uma vindo. Não os beije mesmo que a ferida esteja ‘curada’. Se a ferida for visível, ela pode ser passada para outra pessoa”, alertou a mãe no Facebook.

Herpes simples

A herpes simples é uma doença que pode aparecer nas mais variadas partes do corpo, mas, principalmente, nos lábios e na região genital. Cada um desses locais é normalmente associado a um tipo de vírus específico: o HSV-1 tende a se manifestar nas infecções dos lábios, boca e face, enquanto o HSV-2 costuma atingir os órgãos genitais, relata a dermatologista Anália Viana, em um artigo recente.

Esses vírus são transmitidos por meio do contato direto com a pele ou secreções de uma pessoa infectada, ou seja, por meio do beijo, das relações sexuais, do atrito e até mesmo do compartilhamento de objetos de uso pessoal, como talheres, toalhas etc., já que o vírus consegue sobreviver algumas horas fora do corpo.

Depois de entrar no organismo, o vírus fica localizado nas terminações nervosas, que são o ‘raminho’ final de um nervo e, geralmente, onde houve a porta de entrada (pequeno trauma). Por isso que as reincidências costumam ser sempre na mesma região.

Segundo a dermatologista, a transmissão é maior na presença de feridas, mas o vírus pode ser transmitido mesmo sem lesões ativas. Dessa forma, compartilhar batom, talheres ou beijar, no caso do herpes oral, ou ter relações sexuais desprotegidas com alguém com o vírus, no caso do herpes genital, pode resultar no contágio mesmo sem a presença de lesões.

No caso do sexo oral, tanto a presença de feridas na região genital quanto nos lábios são fatores de risco. Apesar do herpes labial ser de um tipo diferente do herpes genital, ambos podem ser passados de uma região para a outra. Por isso, quando há pelo menos uma dessas lesões, a prática é desaconselhada.

Há também a possibilidade de se auto contaminar ao tocar a lesão labial e, em seguida, sem lavar as mãos, tocar outras partes do corpo como nariz, olhos e genitália.  Por esse motivo, quem está com herpes deve redobrar os cuidados com a higiene, mantendo as mãos sempre limpas com água e sabão, além de realizar o tratamento adequadamente.

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“É importante lembrar que nem sempre o contágio com o vírus resulta em algum sintoma. É possível tê-lo e, ao mesmo tempo, não manifestar qualquer ferida. Estudos apontam que cerca de 90% da população mundial já teve contato com o vírus herpes simples tipo 1, mas somente entre 20% e 40% das pessoas chegam a ter sintomas”, disse Anália.

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