DROGADOS SEM QUERER

Agressões misteriosas com seringas geram pânico na França

Mais de cem investigações foram abertas em diversas cidades do país após dezenas de jovens irem parar no hospital

Da redação
Publicado em 03/05/2022, às 15h56 - Atualizado às 16h30

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Autoridades francesas tentam identificar substância Agressões misteriosas com seringas  geram pânico na França Seringa - Imagem ilustrativa: Reprodução / Pixabay
Autoridades francesas tentam identificar substância Agressões misteriosas com seringas geram pânico na França Seringa - Imagem ilustrativa: Reprodução / Pixabay

Uma série de agulhadas misteriosas em bares, shows e baladas em diversas cidades da França tem alertado autoridades e preocupado donos de estabelecimentos e organizadores de eventos no país.

Em ao menos sete cidades francesas, incluindo Paris, mais de cem investigações por “administração de substância nociva” foram abertas, aponta reportagem desta semana da BBC News.  

As vítimas, diz o canal britânico, são homens e mulheres jovens que relatam sintomas como dores musculares, perda de equilíbrio, vertigens, dores musculares e náuseas.

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As hipóteses dos investigadores do país estão abertas. Por enquanto, não se sabe se os ataques são mais uma forma de violência gratuita ou algum desafio dos confins mais obscuros das redes sociais.

A jornais franceses, jovens vítimas dos ataques disseram que se sentiram mal subitamente enquanto se divertiam em casas noturnas ou bares com seus amigos. Hospitalizados, eles encontraram marcas de seringa em alguma parte de seus corpos.

Em entrevista ao jornal “Le Monde”, a estudante de biologia Zoe Stoppaglia disse que estava em um bar em Grenoble, no sudeste do país, com amigos. Após tomar um copo de bebida, a jovem relatou que começou a se sentir muito mal. A visão, disse ela, começou a ficar turva e as pernas não respondiam aos seus comandos.

Perto dela, outro jovem apresentava os mesmos sintomas. Suspeitando que alguma droga havia sido jogada em seus copos, ambos foram para um hospital próximo. Testes para o GHB, um sedativo usado por estupradores para dopar suas vítimas, deram negativo.

Um dia depois, o médico de Zoe percebeu que havia uma marca de injeção no corpo da jovem que registrou um boletim de ocorrência e aguarda o resultado de outros exames. Segundo a BBC, ela é uma entre dezenas de jovens que sofreram ataques similares.

Até agora, testes de HIV nas vítimas deram negativo. As autoridades francesas não têm nenhum suspeito identificado e ainda buscam descobrir qual é a substância.

Somente em Nantes, no oeste do país, segundo o procurador Renaud Gaudel, foram registrados 45 casos em 17 estabelecimentos.

Às vésperas do verão europeu, após dois anos de portas fechadas com a pandemia, os ataques acenderam o sinal de alerta entre proprietários de estabelecimentos e organizadores de eventos que temem pânico generalizado e uma debandada de público. 

Os maiores prometem medidas de segurança severas. Muitos estabelecimentos têm intensificado revistas de participantes, investido em câmeras de segurança e equipamentos médicos.  

Com informações de BBC News

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