EDUCAÇÃO

Volta às aulas: seis dicas para adaptar as crianças à nova rotina

Pais e responsáveis devem ficar em alerta: esse período pode causar ansiedade nos pequenos

Da redação
Publicado em 17/01/2023, às 10h35 - Atualizado às 11h27

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Os adultos precisam estar firmes, para passar segurança para os filhos Garoto na escola Crianças na escola comendo em seu recreio - Divulgação/Anhanguera
Os adultos precisam estar firmes, para passar segurança para os filhos Garoto na escola Crianças na escola comendo em seu recreio - Divulgação/Anhanguera

A volta às aulas pode causar sensações distintas nas crianças: empolgação para rever os amiguinhos, apreensão por uma mudança de escola e até ansiedade por pisar pela primeira vez na sala de aula. Para que a adaptação seja mais tranquila para toda a família, pais e responsáveis devem preparar a criança ou adolescente para a nova rotina.

A professora do curso de Pedagogia da Faculdade Anhanguera, Carmen Barreto Lopes, recomenda que a criança seja envolvida no processo, desde a visita à escola até a compra de material escolar.

“As férias escolares são um período em que a criança e o jovem saem totalmente da rotina, acordando mais tarde e fazendo atividades que não costumam fazer durante o período letivo. Por isso, a adaptação é essencial para que na volta às aulas o aluno não sofra mudanças bruscas. Dessa forma, o rendimento escolar será melhor nos primeiros dias e semanas de aula”, afirma.

A seguir, a professora universitária lista algumas dicas para ajudar os pais e responsáveis a adaptar as crianças.

Introduza a nova rotina

Se a criança foi viajar para a casa dos avós, por exemplo, traga ela de volta para casa uma semana antes. Nesse período, tente introduzi-la gradativamente nos novos horários para comer, tomar banho e dormir. Como o corpo humano demora para se acostumar com as rotinas, isso vai ajudar bastante nos primeiros dias de aula.

Envolva a criança na preparação 

Levar a criança para comprar o material escolar (dando opções de compra para ela: “entre esses cadernos, qual você prefere?”, para evitar cenas constrangedoras na loja) ou para escolher o modelo do uniforme são boas formas de criar uma expectativa positiva para o início das aulas. Visitar a escola e o entorno também ajuda a criança a se ambientar com o local antes do “Dia D”, ainda mais se a criança for mudar de escola.

Atenção às emoções da criança

O período de adaptação pode despertar diferentes emoções na criança. Os pais conhecem os filhos mais do que ninguém, então é importante ficar atento a pequenos sinais. Um exemplo: se a criança for muito ansiosa, é melhor não comprar o material faltando um mês para o início das aulas, pois isso pode desencadear ainda mais ansiedade.

Cumpra promessas

Se fizer alguma promessa à criança (como dar como recompensa um brinquedo, viagem ou ida ao cinema caso tudo ocorra bem na volta às aulas), cumpra tal promessa. A comunicação clara facilita o entendimento e entrosamento entre pais e filhos.

Cuide também das suas emoções

Os adultos precisam estar firmes para passar segurança para os filhos. Nos casos em que a criança está indo pela primeira vez para a escola, por exemplo, é preciso explicar o que é a escola, o que a criança está indo fazer lá, dizer que voltará no final do dia para buscá-la e que tudo ficará bem.

A criança pode até chorar, mas entenda que esse é um dos muitos primeiros passos que ela dará na vida, e você vai estar ali, ao lado, para apoiá-la em seu desenvolvimento como indivíduo.

Tenha a escola como aliada

É importante manter um relacionamento estreito com todo o corpo docente da escola. Isso pode ajudar, por exemplo, a introduzir uma criança tímida em uma nova sala (que tal combinar com a professora da nova escola, no primeiro dia de aula, para que seu filho apesente um objeto ou conte uma história da região onde a família morava antes, aos novos colegas?), essa dinâmica pode ser bacana para quebrar o gelo inicial.

Além disso, se a escola souber detalhes do cotidiano da criança, pode detectar melhor comportamentos que indiquem problemas de saúde, concentração e outras particularidades do aluno.

Da mesma forma, mantenha grupos, principalmente com aqueles que são pais e responsáveis dos amigos do seu filho. Muitas vezes a criança pode se abrir com o coleguinha sobre algum aspecto que não se sinta seguro para falar com os professores ou familiares; e, se o amiguinho comenta em casa, os pais dele podem trazer a informação para você.

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