Graças a verba de R$ 1 milhão obtida pelo MPSP, a cidade de Igarapava ganhou 46 câmeras de segurança, instaladas em pontos estratégicos do município. O monitoramento eletrônico é feito 24 horas por dia, permitindo que a empresa recebedora das imagens acionem a Polícia Militar no caso de eventuais ocorrências.
O dinheiro que viabilizou o projeto é decorrente da Operação Pândega, deflagrada em julho de 2018 contra organizações criminosas compostas por agentes públicos e empresários de Igarapava. Promotores de Justiça descobriram que vereadores passaram a receber, desde 2013, uma espécie de "mensalinho" para formar a maioria da Câmara Municipal e, assim, conferir apoio político ao então prefeito Carlos Augusto Freitas.
No período de 2013 a 2016, a organização criminosa fraudou procedimentos licitatórios e superfaturou contratos mantidos com o município com o intuito de levantar recursos para pagar vantagens indevidas aos vereadores. Em contrapartida, os vereadores aprovaram projetos de lei prejudiciais à população, tendo como resultado um imenso déficit no Orçamento da cidade. O esquema deixou um rombo de quase R$ 30 milhões nos cofres públicos em Igarapava.
Freitas e o irmão, Sérgio Augusto, também ex-prefeito do município, estão entre os condenados no âmbito da Operação Pândega.
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