QUALIFICAÇÃO

Vagas de trabalho em navios de cruzeiros para brasileiros voltam a crescer

Na última temporada no Brasil os cruzeiros marítimos empregaram 2188 novos tripulantes

Da redação
Publicado em 22/07/2021, às 15h25 - Atualizado às 15h37

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Reprodução/
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Com a retomada dos cruzeiros marítimos, por enquanto na Europa, as oportunidades para quem pretende trabalhar em transatlânticos aumentaram. As agências de seleção e recrutamento, responsáveis pelas entrevistas de emprego de novos tripulantes, estão trabalhando a todo o vapor para recolocar ex-tripulantes, que durante meses aguardaram o retorno das atividades para retornar ao trabalho, assim como novos candidatos a essa carreira promissora e bastante lucrativa que oferece excelentes salários em dólar.

Há oportunidades para trabalhar em bar, cozinha, restaurante, governança, limpeza, entretenimento, fotografia, recepção e vendas em navios que, por exemplo, só estavam aguardando o retorno das viagens para serem inaugurados, o que multiplica ainda mais as ofertas de vagas e as oportunidades de trabalho para os brasileiros.

Os contratos são de cerca de quatro, cinco e seis meses, com jornada diária de 11 horas sem folgas. Além do salário em dólar, o selecionado tem direito a alimentação, alojamento e assistência médica a bordo. O recrutamento é feito por agências especializadas que representam legalmente as armadoras no Brasil. Para concorrer às vagas, é preciso ter mais de 18 anos, experiência na função (para algumas vagas específicas), qualificação profissional e falar inglês.

Qualificação

qualificação profissional é fundamental para qualquer profissional que queira se destacar no mercado de trabalho. No mundo dos transatlânticos não é diferente. Cada vez mais as companhias exigem das agências recrutadoras uma seleção de profissionais diferenciados e muito bem preparados. “As empresas não tem tempo para ensinar o tripulante inexperiente sobre o trabalho que ele vai exercer lá dentro do navio. Ele já precisa chegar pronto e sabendo como funcionam as coisas. Esse é o segredo do sucesso nesse setor”, afirma Fabrício Brito, fundador da Deck4, a maior plataforma de educação à distância para formação de tripulantes de navios do mundo.


Brito, que é professor e tripulante há 20 anos, criou uma metodologia de ensino com base em todas as experiências vividas a bordo ao longo desse tempo. Já formou e deu chance para mais de 18 mil jovens embarcarem e mudarem de vida. A Deck4 tem uma proposta arrojada de educação que reúne tecnologia e comunicação para conectar os alunos aos melhores e mais atualizados profissionais da indústria dos cruzeiros.  

“As contratações ocorrem o ano inteiro. Nessa retomada as oportunidades de vagas aumentaram. O tripulante brasileiro vem ganhando muito espaço em todas as áreas dos navios. A maior oferta de vagas é sempre para os departamentos de cozinha, restaurante e limpeza que oferecem excelentes salários”, garante Carolina Coelho, diretora da ISM BR, agência especializada em recrutamento e seleção de tripulantes.


A média dos salários para brasileiros em diversas funções vão de R$ 3.000 até R$ 12.000. Além do salário o tripulante tem a chance de conhecer o mundo e a bordo pode aprender novos idiomas. “Eu trabalhei durante oito anos a bordo. Fiz um curso para me preparar antes e garantir a minha aprovação na entrevista. Deu certo! Eu embarquei e juntei uma boa grana. Comprei casa, carro, ajudei meus pais e ainda sobrou um bom dinheirinho para eu iniciar a minha vida em terra firme com tranquilidade. Decidi parar, casar e tive meu filho. Se hoje eu tenho uma vida tranquila é porque o pé de meia que fiz a bordo me ajudou muito”, diz Camila Araújo, ex-garçonete de navio.  

Segundo estudo da CLIA Brasil e da FGV, durante a temporada 2019/2020 foram gerados 33.745 postos de trabalho na economia brasileira, o que representa um resultado 5,5% superior ao apurado na temporada 2018/2019. Do total de empregos criados pelo segmento, 2.188 foram de tripulantes dos navios (3,5% superior ao gerado na temporada anterior) e outros 31.577 empregos diversos, de forma direta, indireta e induzida (+5,6%), motivados pelos gastos das armadoras e dos cruzeiristas e tripulantes nas cidades portuárias de embarque/desembarque e visitadas, além dos gerados na cadeia produtiva de apoio ao setor.

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