Transportadoras de combustíveis encerram paralisação

As transportadoras de combustíveis de Minas Gerais e Rio de Janeiro encerraram a paralisação que começou na madrugada de quinta-feira (21) contra o aumento do preço do diesel. Os carregamentos foram liberados nos dois estados e os bloqueios retirados.

No entanto, de acordo com o Minaspetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado de Minas Gerais), os Sindicatos de Revendedores dos dois estados afirmaram que ainda há postos sem produtos, principalmente em Minas. 

"As bases de Betim [MG] estão liberadas para carregamento, no entanto, muitos transportadores e revendedores estão com receio de represália por parte dos manifestantes", comunicou o sindicato por meio de nota.

A paralisação começou na madrugada de quinta-feira com o bloqueio de bases próximas às refinarias Gabriel Passos em Betim e de Duque de Caxias, ambas na região metropolitana do Rio de Janeiro. O objetivo é diminuir o preço do diesel.

Conforme informações do Sindicomb (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes), os carregamentos voltaram a ser feitos, porém, ainda há notícias de falta pontual de produtos em alguns postos.

Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (22), o presidente do Sinditanque (MG), Irani Gomes, relata que as empresas tiveram sensibilidade quanto a demanda das distribuidoras para suspender todos os bloqueios, no entanto, ainda aguardam posicionamento do governo de Minas Gerais sobre alíquotas do ICMS sobre os combustíveis. Os transportadores da cidade pedem redução na alíquota do ICMS no estado, indo de 15% para 12%. 

A paralisação envolveu sindicatos de transportadores de Minas Gerais e Rio de Janeiro e não teve participação de caminhoneiros autônomos que preparam uma nova mobilização para o início de novembro.

Auxílio financeiro
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (21), que o governo criará um auxílio financeiro para os caminhoneiros autônomos devido a alta do diesel, beneficiando cerca de 750 mil caminhoneiros. O apoio será de R$ 400,00 por mês até 2022.