Teatro Procópio Ferreira reinaugura neste sábado

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Publicado em 24/04/2015, às 08h13 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h34

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Na nova casa, a arte está repleta de atrações teatrais e de música

Após um amplo processo de reconstrução, o Teatro Municipal Procópio Ferreira abrirá suas portas novamente ao público e classe artística local e de todo o Brasil, neste sábado, 25, às 10 horas, com uma semana de programações totalmente gratuitas.

Todos os dias, 200 ingressos estarão disponíveis gratuitamente para o público na bilheteria do Teatro (avenida Dom Pedro I, 350 – Enseada), das 9h às 17 horas. Para as atividades do dia 1º de maio, os interessados devem retirar no dia anterior.

No dia da abertura, haverá solenidade com apresentação da Banda Municipal de Guarujá, intervenções com a poetisa Márcia Guedes e abertura da Galeria de Artes Plásticas Veja Nery, com exposição de artistas locais. Já no período noturno, às 21 horas, o público ganhará de presente o espetáculo Gandhi, um líder servidor, monólogo com João Signorelli, com roteiro e direção de Miguel Filiage. Na sinopse, em nome da paz mundial, Gandhi anuncia o início de mais um jejum, para que as pessoas deixem de se alimentar com pensamentos desequilibrados, preconceitos e sentimentos sombrios.

A programação segue no domingo, 26, às 20 horas, com o espetáculo Sabor da Bossa, no qual o músico Paulo Costa, conhecido como o embaixador da bossa nova, traz ao público clássicos deste gênero musical.

A partir de segunda-feira, 27, os artistas locais e o teatro infantil das escolas ganham o palco do Procópio. Na segunda-feira, às 9h30, a Cia. de Teatro Troupe D’Arte preparou, como parte do Projeto Escola, o espetáculo infantil A Pipa Sumiu, de Lilian Zanzzinni. A atração é reapresentada às 15 horas.

Já às 18 horas, o Coletivo de Teatro de Guarujá apresenta Mostra de Cenas com atores independentes. A classificação etária é de 12 anos. No mesmo dia, às 21 horas, a performance Egos, da Cia. Quem sabe faz a hora, com texto e direção de Fátima Góes, leva ao público o universo cênico.

No dia 28, às 9 horas, a peça infantil O Mistério de Feiurinha no Vale Encantado, do Projeto de Atividades Motoras e Ações Recreativas (Amar), realizado na rede municipal de ensino, é apresentada ao público misturando o universo da Disney à história de Pedro Bandeira. A direção é de Cátia de Souza e Renata Coghe. A atração fica em cartaz até dia 1º, às 9h30 nos dias que seguem, e às 10 horas, no último dia.

Às 15 horas, a peça Cinderela Brasileira, do diretor Marcelo Wallez, da Casa 3, retrata a clássica história, em forma de farsa, e ambientada no sertão nordestino, tendo como protagonista a Gata Cangaceira. Já às 21 horas, o monólogo Um bravo canto para desatar os perversos nós está em cartaz, com texto e direção de Luiz de Assis Monteiro. A classificação é de 16 anos. A atração é reapresentada do dia 1 ao dia 5, às 16 horas.

No dia 29, as atrações prosseguem com Chapeuzinho Vermelho e o caderno mágico, às 15 horas, infantil assinado por Fátima Góes. Uma releitura do Clube da Esquina e de artistas do 14 Bis e Skank compõe o show Cheiro de Minas, com Débora Paiva e Medusa Trio, fechando o dia, às 21 horas.

A fantasia do circo ganha o coração do público no dia 30, às 15 horas, quando o grupo Os Panthanas – Núcleo de Pathifarias Circenses de Santos apresenta o espetáculo Repescagem, composto de esquetes de palhaços.

Às 21 horas, com direção de Eduardo Silva e texto de Odair Dias Filho e Dina Alves, a cena teatral Darluz é conduzida por uma mulher homônima, que entrega os filhos a terceiros a fim de livrá-los da extensão de sua miséria. Eduardo Silva é premiado com seis Mambembes (dois como melhor ator); três vezes eleito melhor ator pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e Associação dos Produtores de Espetáculos do Estado de São Paulo (Apetesp), além dos prêmios Shell e Moliére, como melhor ator.

No dia 1º de maio, também acontece o show Voz e Suor, com Bruno de La Rosa, às 21 horas, em homenagem ao Dia do Trabalhador.

O show Sambas de Outrora é a pedida de 2 de maio, às 17 horas, com o músico guarujaense Renato Passarinho. Já às 21 horas, acontece o Sarau Bodega Brasil, com apresentação de 10 artistas de cultura popular nordestina na linguagem do cordel, repente, aboio e dança.

No dia 3 de maio, às 15 horas, o Balé Municipal de Guarujá apresenta o espetáculo Festa no Arraiá, misturando música clássica com música popular brasileira (MPB). Já às 20 horas, fechando a programação de reinauguração do Teatro Municipal, será realizado o show Fados e Guitarradas, com Marly Gonçalves (fadista); Ricardo Araújo (guitarra portuguesa); Renato Araújo (viola do fado); e Heitor Tenório (contrabaixo).

O secretário municipal de Cultura Odair Dias Filho, aponta que Guarujá passou a ter um novo Teatro Municipal, não somente em sua estrutura física, mas também conceitual. Ele diz: “Depois deste tempo de reforma, é importante inaugurar o principal equipamento cultural da cidade, mas também seguir o novo modelo de gestão. A diretriz não é só o entretenimento. Nosso foco é a formação de público, o diálogo com a classe artística. Estamos de portas abertas para os artistas locais, da região e espetáculos de expressão nacional. Queremos uma programação de alta qualidade. Temos tudo para que o Procópio se torne um importante corredor das mais diversas linguagens e expressões das artes cênicas, da música, dança, circo, fotografia e artes plásticas”.

Classe artística

A diretora e escritora Fátima Góes diz que é vital para Guarujá ter o Teatro Procópio reestruturado. “É um fato de muita importância para nossa cidade e região. É a casa do artista, porque abriga também exposições de artes plásticas. Esta reforma é motivo de muita alegria para nós. O teatro é nosso símbolo, nossa identidade. Foi uma merecida reforma.”

Para o gestor de produção cultural da Casa3, Marcelo Wallez, é extremamente importante a reabertura deste equipamento cultural. “É o único teatro que temos na cidade. É importante o agendamento priorizar as produções dos coletivos teatrais da cidade e também estabelecer projetos de fomento ao fazer artístico e cultural”.

Já a atriz Dina Alvez salientou que este é um momento ímpar porque o Procópio Ferreira é o espaço que os artistas da cidade têm para se apresentar. “O Teatro é um símbolo muito importante para todos nós. Agora podemos dizer que temos um espaço nosso, que historicamente era restrito a um grupo. Foi possível democratizar este espaço”.

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