Continua a vigorar neste mês a bandeira tarifária vermelha das contas de energia elétrica e, de acordo com estimativa do diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino, a taxa extra deverá permanecer até novembro. A bandeira vermelha patamar 1, aplicada atualmente, implica uma cobrança extra de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
O motivo apontado pela Aneel para a continuidade da taxa extra seria o período de seca no país. Disse o diretor-geral: “Muito provavelmente no período seco não haverá uma reversão da situação. Se hoje, no final do período úmido, já se justifica despachar térmicas acima do patamar que aciona a bandeira vermelha, não é provável que essa situação se reverta até o início do próximo período úmido”.
Conforme explicou Rufino, o período úmido está se encerrando nas regiões Sudeste e Centro-Oeste e Nordeste, por isso, mesmo que haja um regime de chuvas melhor do que nos outros anos durante o período seco, o volume de água nos reservatórios ainda estará baixo. Ele reafirmou: “Não é nesse período que vai recuperar o enchimento de reservatórios”. Bandeira
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.
Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.
Desde fevereiro, as bandeiras tarifárias que são aplicadas nas contas de luz contam com os seguintes valores: bandeira amarela - R$ 2 a cada 100 quilowatts/hora (kWh); bandeira vermelha patamar 1 - R$ 3 para cada 100 kWh; bandeira vermelha patamar 2 - R$ 3,50 a cada 100 kWh. Quando a bandeira tarifária for verde, verde, não há cobrança extra para os consumidores.
Foto: Agência Brasil
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