Segundo Boletim do Ministério da Saúde, a maior incidência é entre jovens e gestantes
O aumento da incidência de sífilis, Doença Sexualmente Transmissível (DST), em todo o país tem alarmado a saúde pública. De acordo com dados do Ministério da Saúde, publicados em novembro de 2018, até a última atualização, foram notificados 87.593 casos de sífilis adquirida, com maior incidência na região Sudeste.
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Segundo o levantamento, o índice mais preocupante está entre as mulheres grávidas, cujos casos cresceram 28,4% entre 2017 e 2018. Com isso, o percentual de sífilis congênita (transmitida ao feto pela placenta) também cresceu de forma expressiva. Em 2016, foram notificados 6,8 casos a cada mil nascidos vivos. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 12 milhões de pessoas são infectadas.
A ginecologista e coordenadora do programa Saúde da Adolescente, da Secretaria da Saúde do estado, Albertina Duarte Takiuti explica que um dos principais fatores que proporcionaram o aumento da doença e a falta de uso de preservativo. Disse ela: “A sífilis é transmitida principalmente através da relação sexual desprotegida, inclusive no sexo oral”.
A doença, causada pela bactéria Treponema pallidum, é silenciosa. Os sintomas começam com feridas indolores, geralmente nas regiões genitais. Depois de alguns dias, desaparecem, no entanto, a sífilis continua no organismo e pode permanecer assintomática por anos. A ginecologista comenta: “O paciente, na maioria das vezes, não sabe que está infectado e só acaba descobrindo em um estágio avançado da doença”.
O perigo, por ser silenciosa é que, quando não tratada de forma precoce, a sífilis pode causar cegueira, doenças cardíacas, afetar o cérebro, o sistema nervoso e, até mesmo, levar a óbito.
Apesar da gravidade, a sífilis é tratável e detectada por meio do mesmo teste de HIV, que consiste na coleta de sangue da ponta do dedo. O resultado é preciso e fica pronto em poucos minutos. O tratamento é feito com antibióticos, oferecidos gratuitamente pelo SUS.
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