Curso sobre Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN) promovido pelo Sesc visa criar uma metodologia de trabalho participativa para as estruturas de visitação e implantação da unidade de conservação
O Sesc Bertioga promove nesta semana um curso sobre Reserva Particular de Patrimônio Natural (RPPN), com a participação de dezenas de profissionais envolvidos com o tema, para a criação de uma metodologia participativa na criação das estruturas de visitação e implantação de uma unidade de conservação.
O gerente do Sesc Bertioga, Marcos Laurenti, comentou que o curso é uma ação relacionada à RPPN da entidade no intuito de gerar conteúdo relacionado ao tema. "Nós percebemos que há uma carência muito grande nessa área, então, o propósito do Sesc ao realizar esse curso é promover uma reflexão a respeito das estruturas possíveis de se implantar na reserva que o Sesc implanta atualmente em Bertioga, mas ao mesmo tempo gerar um conteúdo que possa ser disponibilizado para outras entidades, empresas, ou interessados nesta área de conservação".
Também no encontro, a gerente de educação para sustentabilidade e cidadania do Sesc São Paulo, Maria Alice Oieno de Oliveira Nassif, explica que apensar da RPPN do Sesc ainda não possuir a titularidade definitiva, a decisão já foi tomada há anos pela regional para conservar o espaço de mais de 60 hectares, localizado na área urbana de Bertioga. Disse ela: "Essa área está preservada e extremamente saudável. Nós temos mamíferos até de médio porte, já vimos pegadas de onça, temos aves, temos pequenos cursos d'água, tem nascente. É uma área tão pequena e temos tantas coisas lá. É uma Mata Atlântica de restinga, mas está em um estágio muito bom de conservação".
Conforme detalhou, vários trabalhos serão desenvolvidos na RPPN, como visitação de público, que já iniciou, cursos e pesquisas. A gerente do Sesc São Paulo comentou que este é um trabalho desenvolvido de forma participativa: "Estamos pavimentando uma metodologia de trabalho participativa e muito rara, única, que conta com contribuições de pessoas que de alguma forma lidam com essa questão, ou porque são profissionais das mais diferentes áreas envolvidas com esse trabalho, ou porque são pessoas que vivem nessas áreas, mas que têm contribuições para dar, que têm olhares para que possamos considerar e fazer a concepção de uma estrutura que realmente dê conta do que pretendemos, que é a ação educativa e a conservação da área ao mesmo tempo".
No encontro iniciado nesta segunda-feira, 10, com o tema Percepção de Infraestrutura e Estruturas em Áreas Protegidas para Uso Público, os participantes trocaram experiências e conhecimento, que farão parte da documentação. Entre os assuntos abordados estão o uso público; desenho universal; certificação ambiental; turismo sustentável; contexto territorial; e arquitetura sustentável.
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