Por Antonio Pereira
Uma comunidade antiga, ruas de terra e algumas casas de veranistas. Tais características pertencem a variados bairros bertioguenses, a exemplo do Rio da Praia, no qual ficará a nova sede da Câmara Municipal, com previsão de inauguração na segunda quinzena de maio. Apesar de as obras no interior do prédio estarem em ritmo acelerado, o entorno, a princípio, não receberá maior atenção do poder público. As dificuldades enfrentadas pelos moradores também deverão ser sentidas pelos parlamentares.
Para a dona de casa Maria Terezinha dos Santos, no bairro há apenas um ano, a necessidade maior é de serviços urbanos, para dar uma solução definitiva ao caos nos dias de chuva. Disse ela: “Quando chove, quase todas as ruas alagam e têm lugares que nós andamos com a água pelo joelho. Seria interessante se fizessem pelo menos calçadas”.
O autônomo Osmar Felipe dos Santos, morador do bairro há 30 anos, vai além e critica os serviços de manutenção, o que, segundo, ele não acontecem há dois anos. “Eu mesmo já cansei de limpar vala e espalhar aterro nas ruas. A Câmara vir para cá somente para se hospedar não adianta, tem que trazer melhorias. Quando chove, o Rio da Praia fica alagado e intransitável”, ressaltou, referindo-se às ruas Reverendo Paes D'Ávila, a da Câmara, e Caminho da Gambôa, adjacente a ela.
Procurada pela reportagem, a prefeitura de Bertioga informou que o serviço de nivelamento acontece a cada trinta dias; a mais recente ocorreu em fevereiro. A prefeitura também informou que, em virtude das chuvas dos últimos dias, a Secretaria de Serviços Urbanos realizará serviços de drenagem no local, e que não existe previsão sobre futuras pavimentações.
O prédio
A Câmara adquiriu a área total, de 6,3 mil metros quadrados, da antiga pousada Marjolly por R$ 2,6 milhões. Apesar das tratativas terem se iniciado em 2005, o negócio foi fechado somente seis anos depois. Em 2013, a Câmara aceitou destinar parte da área, 2 mil metros quadrados, nos quais ficavam as quadras poliesportivas e piscinas, à prefeitura que, por sua vez, ficou de destiná-la à Secretária de Educação. Em troca, o Poder Executivo ficou responsável por construir o plenário da casa de leis, orçado em R$ 1,5 milhão.
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