O governo estadual voltou a defender a aprovação de leis pelo Congresso, que facilitem e endureçam o combate ao crime. Desta vez, o pronunciamento partiu do secretário da Segurança Pública de São Paulo Alexandre de Moraes, durante palestra na primeira reunião do Conselho Nacional de Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares (CNCG), realizada na terça-feira, 10. O objetivo do evento é promover o intercâmbio com organizações nacionais e internacionais pelo aprimoramento técnico-científico, bem como a formulação, acompanhamento e avaliação das políticas e diretrizes nacionais relacionadas à segurança pública. No encontro, o secretário também retomou os pedidos feitos à Câmara dos Deputados e afirmou que o projeto pelo agravamento da pena para ladrões que explodem caixas eletrônicos deve ser colocado em votação até o final do mês. Ele explicou: “Hoje pela manhã, conversando com o deputado Eduardo Cunha [presidente da Câmara], ele se dispôs até o final do mês a colocar em votação a alteração de delito de furto qualificado com uso de explosivo, colocando a mesma pena de roubo qualificado, de cinco a 12 anos”. O governador Geraldo Alckmin e o secretário da Segurança levaram os projetos de alterações legislativas ao presidente da Câmara, no dia 25 de fevereiro. Entre as sugestões, também há uma proposta de punição maior para o menor infrator, além de agravante em crimes praticados contra policiais. “Nós propusemos como qualificadora a obrigatoriedade de aumento de um terço a 50% na pena de crimes praticados contra agentes de segurança”, ressaltou Alexandre de Moraes. Durante a reunião, Moraes disse que a segurança pública não é feita exclusivamente pela polícia, mas também com a aproximação com o Ministério Público e Poder Judiciário. “Nas últimas duas décadas, o absurdo da elevação da atuação da Polícia Militar, em termos de prisões, flagrantes, apreensões de arma e entorpecentes, não correspondeu à diminuição em mesmo grau, mas inversa, da criminalidade”. No encerramento da palestra, o secretário reforçou que os estados, em conjunto, devem cobrar reforço de investimento em segurança pública. Disse ele: “Com mais verba, mais interação entre as polícias dos estados, mais troca de informações, eu tenho absoluta certeza de que cada polícia, cada estado, vai combater melhor a criminalidade”.
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