Crianças nas escolas

Santos: sindicato dos servidores contra volta às aulas em fevereiro

Representantes da categoria defendem que o retorno às atividades letivas na rede pública seja adiado

Da redação
Publicado em 22/01/2021, às 13h25 - Atualizado às 14h05

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Plano para o retorno letivo foi apresentado pela secretária de educação, Cristina Barletta - Marcelo Martins
Plano para o retorno letivo foi apresentado pela secretária de educação, Cristina Barletta - Marcelo Martins

O sindicato dos servidores municipais estatutários de Santos (Sindest) luta contra a volta às aulas presenciais em fevereiro, conforme planejamento do estado e prefeituras, em decorrência do recente crescimento do número de casos de covid-19. Nesta sexta-feira, 22, inclusive, o governo de São Paulo anunciou a reclassificação do Plano São Paulo, no qual a Baixada Santista e todo estado terão fase vermelha todos os dias após às 20h e aos finais de semana.

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Em live, na noite de terça-feira, 19, o presidente Fábio Pimentel e outros diretores do sindicato defenderam que o retorno às atividades letivas na rede pública seja adiado. “Não tem o menor cabimento restringir horários de bares e restaurantes e permitir, ao mesmo tempo, que milhares de crianças sejam contaminadas e contaminem familiares”, disse o sindicalista, que ainda questionou: “Se até agora as aulas foram remotas, qual a necessidade de se reabrirem as escolas neste momento drástico de ampliação da pandemia, perto da vacinação?”.

O diretor de comunicação do sindicato, Daniel Gomes Araújo, lembrou que a prefeitura de Guarujá transferiu de 8 para 22 de fevereiro o início das aulas na rede pública. Segundo ele, a volta às aulas colocaria mais de 30 mil pessoas circulando em Santos. Por isso, o sindicato tem se posicionado contra a proposta da Secretaria de Educação (Seduc).

Retorno previsto 

Em Santos, as 86 escolas e cerca de 28 mil alunos, iniciam as aulas dia 1º de fevereiro, em formato híbrido, ou seja, com aulas presenciais e remotas, seguindo planejamento específico para cada modalidade de ensino.

Haverá um escalonamento para o início presencial, levando em consideração a faixa etária do aluno, sendo que cada unidade atenderá presencialmente 20% da capacidade por dia, durante até 4h, beneficiando ao final da semana 100% dos estudantes. Os demais dias de aula serão remotos. Na Educação de Jovens e Adultos (EJA), o atendimento presencial será três vezes por semana, por até 3h/dia.

Os professores terão a jornada dividida em duas vezes presenciais e três vezes remotas, com exceção dos que atuam com a EJA, que farão ao contrário (3x remotas e 2x presenciais). Todos os profissionais das escolas que tiverem comorbidades ou maiores de 60 anos poderão atuar exclusivamente de maneira remota.

Datas

A partir de 1º de fevereiro todas as escolas iniciam as atividades. As classes de jardim, pré-escola, fundamental I e II e EJA começam em formato híbrido. Até 5 de fevereiro, jardim, pré e 1º e 2º anos farão período de adaptação, com permanência de até 1h30.

As salas de Maternal I e II seguem de forma remota até 22 de fevereiro, quando entram no sistema híbrido, fazendo o período de adaptação de 22 a 26 do mesmo mês. Os berçários I e II só iniciam as aulas híbridas em 8 de março, realizando a adaptação de 8 a 12 de março.  

“Todo o planejamento foi criteriosamente estudado para dar segurança aos nossos alunos, suas famílias, professores, funcionários e equipe gestora. Além de termos um compromisso com a Educação, temos com a vida. O retorno presencial e gradual será de forma cautelosa e com muita responsabilidade”, destacou a secretária de Educação Cristina Barletta.

Todo o plano foi amplamente discutido nos encontros da Comissão Escolar (Portaria 39/2020 – Seduc), formada por representantes das equipes gestoras das escolas, supervisores, professores e técnicos da Seduc, e do Comitê Intersetorial (Portaria 87/2020 – GPM), composto por membros das secretarias de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Gestão, Conselho Municipal de Educação e Escolas Particulares.

Segundo a secretária, já foram adquiridos e distribuídos para as escolas diversos itens de proteção individual e material de higienização: máscaras de tecido (destinadas aos professores, funcionários e alunos); face shields; álcool em gel; termômetros, luvas e tapetes sanitizantes. Serão adquiridos também totens para álcool em gel. O sabonete líquido está sendo distribuído pela empresa terceirizada de limpeza.

Além disso, foram produzidos cartazes informativos para serem distribuídos nas escolas e aos pais e alunos. Em parceria com a Cipa Setorial Educação (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Educação), ainda foram feitos vídeos educativos com orientações diversas sobre as questões que dizem respeito à pandemia do novo coronavírus. Eles estão disponíveis no Canal da Cipa no Youtube (https://www.youtube.com/channel/UCbdOeWqtyuFdudllALcFp0g) e no Portal da Educação (https://www.santos.sp.gov.br/portal/educacao) .

“Nós, da Saúde, vemos o plano da Seduc de volta às aulas com bons olhos, uma vez que seguirão todos os protocolos necessários, com a utilização de itens de segurança específicos, seguindo as demais normas. Lembrando que estas normativas sanitárias são únicas e devem ser cumpridas por todas as escolas, sejam municipais, estaduais ou particulares”, disse o secretário de saúde, Adriano Catapreta.

Ele ainda ressaltou que a decisão de retorno das escolas municipais com público de 20% por dia é uma escolha segura. “Esta porcentagem e todos os procedimentos serão revistos periodicamente, com base no cenário epidemiológico do município”.

O plano para o retorno letivo foi apresentado pela secretária de educação, Cristina Barletta, em reunião dia 14, na prefeitura, para representantes do Conselho Municipal de Educação, Diretoria de Ensino – Região Santos, Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino Básico de Santos e Região, Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo, entidades subvencionadas, Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos e Sindicato dos Servidores Estatutários Municipais de Santos. Estavam também presentes o secretário de saúde, Adriano Catapreta, técnicos da pasta e membros do Programa Saúde na Escola, e o secretário de Finanças e Gestão, Adriano Leocádio.

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