Endêmico da Mata Atlântica, espécie é um dos 25 primatas mais ameaçados do mundo
O Instituto Ecofuturo, organização sem fins lucrativos mantida pela empresa Suzano, identificou a presença do sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) no Parque das Neblinas, reserva ambiental da empresa gerida pelo instituto.
A descoberta foi feita a partir de um registro realizado pela própria equipe da reserva, posteriormente confirmado pelo biólogo e professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Fabiano Rodrigues de Melo.
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Por meio de uma parceria com a área de Meio Ambiente Florestal da Suzano, o especialista monitora populações de primatas no parque, localizado em Mogi das Cruzes e Bertioga (SP), e em outra área da companhia, em Pindamonhangaba (SP).
O sagui-caveirinha, como também é conhecido pelo desenho da pelagem de sua face, é um animal de pequeno porte, que pesa em torno de 500 gramas e, geralmente, vive em pequenos grupos.
A espécie é nativa da Mata Atlântica da região sudeste e, atualmente, está entre os 25 primatas mais ameaçados do mundo, segundo a pesquisa “Primates in peril”, publicada pelas organizações IUCN SSC Primate Specialist Group (PSG), International Primatological Society (IPS), Global Wildlife Conservation (GWC) e Bristol Zoological Society (BZS). O mesmo estudo aponta que a população da espécie está em cerca de 1 mil indivíduos.
Classificado como Em Perigo (EN), as principais ameaças ao sagui-da-serra-escuro é a perda de habitat natural e a hibridação com seus congêneres, fruto da inserção de espécies de Callithrix nativos de outras regiões.
O reconhecimento do sagui-da-serra-escuro no parque foi realizado a partir de um vídeo gravado recentemente na área pelo supervisor de Operações do Ecofuturo, David Almeida, no qual é possível identificar a espécie pela sua vocalização característica.
O Parque das Neblinas abriga também o maior primata das Américas: o muriqui-do-sul ou mono-carvoeiro. A espécie é classificada como Em Perigo (EN) e estima-se que restem apenas 1.300 indivíduos na natureza.
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