Números da operação Gato Molhado sobem frente a 2024 na Baixada Santista; em Guarujá, furto de água soma R$ 68 mil em consumo anual
A Sabesp eliminou 1.002 ligações clandestinas de água, popularmente conhecidas como 'gato', em imóveis do litoral de São Paulo no primeiro semestre de 2025. O número representa aumento em relação ao mesmo período do ano passado, resultado da intensificação das fiscalizações por meio da chamada Operação Gato Molhado.
Ao todo, foram realizadas 1.703 vistorias em imóveis nas nove cidades da Baixada Santista, onde foram verificados os hidrômetros e tubulações ligadas à rede de abastecimento. De janeiro a junho de 2024, a companhia havia registrado apenas 267 irregularidades em 487 inspeções.
Segundo Gabriel Alexandre Lima de Souza Seibarauskas, coordenador da Sabesp, o salto nas ações reflete o reforço no trabalho estratégico, que envolve a contratação de especialistas e o uso de tecnologias como inteligência artificial e sensores acústicos subterrâneos.
Um dos casos mais recentes ocorreu em um comércio do Guarujá, onde se descobriu uma ligação clandestina que desviava água da rede antes da medição. A estimativa é que o volume furtado alcance um valor equivalente a R$ 68 mil em consumo anual. A ligação foi desfeita, o imóvel autuado e o caso encaminhado à Polícia Civil do município.
Para identificar a fraude, a equipe utilizou um geofone, equipamento que capta sons de vazamentos e desvios, em conjunto com uma válvula pulsadora. O método permitiu localizar a passagem da água sob o solo e apontar com precisão o ponto da ligação ilegal, que foi confirmada após escavações.
O furto de água é crime previsto no artigo 155 do Código Penal e pode ser enquadrado como furto qualificado, com pena de até oito anos de prisão. Além dos danos à rede e ao sistema de distribuição, o desvio prejudica imóveis vizinhos e provoca desperdício de um recurso essencial. Denúncias podem ser feitas pela Central de Atendimento 0800 055 0195, WhatsApp (11) 3388 8000 e no site da Sabesp.