Com águas limpas e cristalinas, o Itatinga tem importância ambiental e econômica, além de ser um dos últimos habitats para uma espécie de peixe
O Parque das Neblinas é o berço do rio Itatinga, importante patrimônio hídrico que percorre os municípios de Bertioga e Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo. A reserva da Suzano, gerida Ecofuturo, protege 463 nascentes, o que corresponde a cerca de 50% de sua bacia, além de 14 dos 24 km do curso do rio.
Com água cristalina dentro do Parque, a recuperação do Itatinga – bastante impactado nas décadas de 1940 e 1950 pela produção de carvão para siderurgia – aconteceu devido ao manejo adequado e estratégias de conservação desenvolvidas pelo Instituto na área.
Além da relevância ambiental, uma vez que está inserido no contexto da Serra do Mar Paulista – o maior contínuo remanescente de Mata Atlântica no País –, o rio Itatinga desempenha importante papel para economia: ele move a Usina Hidrelétrica da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), que fornece energia para o Porto de Santos, o principal do Brasil e o maior complexo portuário da América Latina.
O Itatinga é também um dos últimos habitats do Coptobrycon bilineatus (conhecido como lambarizinho ou piabinha), espécie de peixe classificada como Vulnerável (VU) à extinção e que não era coletada desde 1910. Nas suas águas vivem ainda outras 15 espécies de peixes.
“O rio Itatinga é a principal artéria do Parque das Neblinas, que conserva também outras 14 nascentes que desaguam para o Alto Tietê. Além disso, o Itatinga cruza outras unidades de conservação, como o Parque Estadual Serra do Mar e o Parque Estadual Restinga de Bertioga, sendo de fundamental importância para o equilíbrio de ambientes como o mangue e a restinga do município de Bertioga”, afirma Paulo Groke, diretor de Sustentabilidade do Instituto Ecofuturo.
A dinâmica da floresta e dos recursos hídricos está diretamente interligada: um depende do outro e a conservação de ambos é necessária. De acordo com Groke, a cobertura florestal nas margens dos rios atua como uma camada de proteção e, assim como uma esponja, absorve a força das grandes chuvas e evita, por exemplo, que a água chegue barrenta nos cursos d’água, já que retém os sedimentos que iriam diretamente para o rio, além de reduzir a ocorrência de erosões no solo. A cobertura vegetal permite ainda que a água das chuvas se infiltre no solo, promovendo assim a recarga dos lençóis freáticos.
Para ilustrar essa interligação, o Ecofuturo divulga, na semana do Dia Mundial da Água (celebrado em 22 de março), um novo vídeo com informações e imagens do Parque das Neblinas – Imagens do vídeo: Adventure Camp e Drones4Brasil.
Sobre o Parque das Neblinas
Reconhecido pelo Programa Homem e Biosfera da UNESCO como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o Parque das é uma reserva ambiental da Suzano, gerida pelo Ecofuturo, com 6 mil hectares. No local, são desenvolvidas atividades de ecoturismo, pesquisa científica, educação ambiental, manejo e restauração florestal e participação comunitária. Mais de 1.250 espécies já foram identificadas no Parque e para conhecer mais sobre a diversidade de animais e plantas protegidos na reserva, confira a publicação “A biodiversidade no Parque das Neblinas”, disponível gratuitamente no site do Ecofuturo.
Sobre o Instituto Ecofuturo
O Instituto Ecofuturo contribui para transformar a sociedade por meio da conservação ambiental e promoção de leitura, integrando livros, pessoas e natureza. Entre as principais iniciativas estão o projeto Biblioteca Comunitária Ecofuturo, com a implantação de mais de 100 bibliotecas no País, e a gestão do Parque das Neblinas, onde são desenvolvidas atividades de educação ambiental, pesquisa científica, ecoturismo, manejo e restauração florestal, e participação comunitária. Organização sem fins lucrativos, fundada em 1999 e mantida pela Suzano, o Instituto atua como articulador entre sociedade civil, poder público e o setor privado. Conheça mais sobre o Ecofuturo em
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