À PRÓPRIA SORTE

Réveillon em Mongaguá, SP: com efetivo miúdo e sem ajuda do Estado, cidade não fechará praias

Cidade da Baixada Santista tem 13 km de praias e efetivo de 164 PMs e 59 GCMs em dois turnos; Prefeitura argumentou que, sem o apoio do Governo do Estado, não tem efetivo suficiente para fiscalizar uma extensão praiana desta dimensão

Da redação
Publicado em 29/12/2020, às 14h50 - Atualizado às 19h30

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Santos terá megaoperação de Réveillon com praias interditadas. - Gradis sendo colocados em Praia de Santos. Foto: Anderson Bianchi
Santos terá megaoperação de Réveillon com praias interditadas. - Gradis sendo colocados em Praia de Santos. Foto: Anderson Bianchi

Tal como o restante do ano, o Réveillon de 2020 nas praias da Baixada Santista também será atípico. Segundo informações das gestões municipais, nenhuma cidade da região terá queima de fogos e a maioria dos municípios vai mobilizar recursos para fiscalizar as orlas e faixas de areias, estejam elas abertas ou interditadas. Grande parte dos municípios da Baixada também vai instalar barreiras sanitárias em suas vias. 

Santos, São Vicente e Guarujá vão fechar as praias durante o Ano Novo. Em contrapartida, Praia Grande, Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe não fecharão as praias após o Governo do Estado anunciar que não se responsabiliza pela fiscalização nos municípios.

Em Mongaguá, as recentes determinações municipais para o Réveillon se dão em função das exigências da fase amarela, e das determinações do Conselho de Desenvolvimento da Baixada Santista (Condesb), do qual a cidade faz parte, que não adotou a fase vermelha temporária determinada pelo governo estadual, preferindo estabelecer outras medidas compensatórias. 

São Vicente terá barreiras de orientação na última semana de 2020. (Foto: reprodução / Web)

De acordo com o prefeito de Mongaguá, Márcio Melo Gomes (Republicanos), a gestão municipal se esforça para cumprir as solicitações do Governo do Estado, porém a cidade tem peculiaridades que devem ser consideradas. “Somos uma região turística metropolitana, diferente de outras cidades do Estado que nesta época do ano diminuem seu número de habitantes. Mongaguá, passa de 56 mil para mais de 300 mil pessoas." declarou o mandatário da cidade. 

Nos dias 31 de dezembro e 1º de janeiro, Mongaguá vai fechar suas principais atrações turísticas, dentra as quais: a Plataforma de Pesca, o Parque Ecológico e a área de estacionamento da Praça Dudu Samba, de acordo com a gestão municipal. 

Cidades da Baixada Santista cancelaram a tradicional queima de fogos. Queima de fogos de Santos, em 2018. (Foto: reprodução / topsantos)

Os 13 km de praia da cidademm, porém, não serão interditados. A prefeitura argumentou que, sem o apoio do Governo do Estado,  não tem efetivo para fiscalizar uma extensão praiana deste tamanho. Mongaguá vai empregar um efetivo de 164 PMs e 59 Guardas Municipais, divididos em turnos e em locais estratégicos durante as operações de Réveillon. 

A prefeitura declarou que "realizará barreiras sanitárias de conscientização em pontos estratégicos", mas não informou quantas nem quais. 

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Ficou acordado na plenária do colegiado regional que as prefeituras fechariam as praias desde que o governo estadual auxiliasse a região com efetivo policial e suporte operacional na ocasião. As medidas compensatórias, segundo o Condesb, presidido pelo Prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), visavam a diminuição da proliferação da covid-19. “Objetivo é evitar a vinda das pessoas. O Réveillon na praia não será possível", declarou o presidente do colegiado, após a reunião realizada na última quinta-feira, 23. 

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Além de recusar o auxílio operacional solicitado pelas prefeituras para o isolamento das orlas durante o Réveillon, o Governo Estadual também não atendeu a solicitação do Condesb de cancelar a Operação Descida e a inversão das pistas no Sistema Anchieta-Imigrantes,  no período de Natal. O pedido visava desestimular a descida de veículos, nos dias 25,26 e 27, parte do mesmo período em que governo estadual determinou a fase vermelha. 

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