XÔ, MOSQUITO

Qual o animal mais perigoso do mundo? Campanha alerta contra mosquito da dengue

Estado registrou quase 21 mil casos em janeiro e fevereiro deste ano; 147 municípios estão em situação de risco e 247 em alerta. Litoral registrou 124 casos até fevereiro

Da redação
Publicado em 21/03/2023, às 14h40 - Atualizado às 14h57

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Todo e qualquer objeto que possa acumular água pode se tornar um criadouro do mosquito Qual o animal mais perigoso do mundo? Campanha alerta contra mosquito da dengue Agentes combatendo criadouro de dengue em ralo - Nathalia Filipe/Prefeitura de Santos
Todo e qualquer objeto que possa acumular água pode se tornar um criadouro do mosquito Qual o animal mais perigoso do mundo? Campanha alerta contra mosquito da dengue Agentes combatendo criadouro de dengue em ralo - Nathalia Filipe/Prefeitura de Santos

Com o tema ‘Qual o animal mais perigoso do mundo?’, o Governo do Estado de São Paulo lança nesta terça-feira (21) uma campanha de conscientização para combater mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

O foco é mostrar que a dengue é uma realidade no cenário pós-pandemia e o que é pequeno e difícil de ser visto ainda oferece perigo para a população. Hoje, o mosquito é responsável por quase um milhão de mortes no mundo a cada ano.

Diante do cenário de sazonalidade do aumento de casos – sempre na mesma época -, a campanha traz orientações sobre prevenção e ações em casos de sintomas da doença e busca mobilizar os cidadãos a participarem efetivamente do combate, eliminando todo local que contenha água parada, já que é lá que o mosquito transmissor coloca os seus ovos. A publicidade será veiculada em rádios, TVs abertas, portais e redes sociais com informações sobre os principais focos de proliferação do mosquito.

Os índices de transmissão dessas arboviroses — infecções causadas por vírus transmitidos principalmente por mosquitos que têm o Aedes aegypti como vetor — estão associados à plena adaptação do mosquito às atuais condições ambientais. Os indicadores apontam situação de risco em 156 municípios e 249 em situação de alerta.

Diante disso, o governo paulista lançará uma série de ações para reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti e circulação viral. Além de informar medidas de prevenção e advertir quanto aos sinais e sintomas das doenças (Dengue, Chikungunya e Zika Virus), o estado vai intensificar as visitas domiciliares aos imóveis para eliminar os criadouros do mosquito.

Até fevereiro deste ano foram registrados quase 21 mil casos de dengue. A iniciativa faz parte do Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas da Secretaria de Saúde do Governo do Estado de São Paulo.

Somente no ano de 2022, foram confirmados 332.139 casos de dengue, distribuídos em 617 municípios de São Paulo, e 287 óbitos. Até fevereiro deste ano, foram registrados 20.981 casos de dengue, em 430 municípios e 13 óbitos.

Em 2022, foram registrados 934 casos de Chikungunya em 115 municípios, sendo 113 casos entre janeiro e fevereiro. Em 2023, no mesmo período, foram notificados 130 casos da doença em 35 municípios.

Em relação a Zika vírus, em 2022 foram registrados cinco casos e até o momento em 2023 não há casos confirmados.

Litoral

A Secretaria de Estado da Saúde informa que foram registrados cerca de 124 casos de dengue em todo o litoral paulista até fevereiro deste ano. As regiões do Litoral Norte e Sul estão em situação de risco e alerta.

Sintomas

As arboviroses apresentam sinais e sintomas comuns entre si, como febre, dores nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos, no caso da chikungunya e zika. Ao apresentar os sintomas, é importante procurar um serviço de saúde para diagnóstico e tratamento adequados, todos oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).

Como eliminar os criadouros

Todo e qualquer objeto que possa acumular água pode se tornar um criadouro do mosquito Qual o animal mais perigoso do mundo? Campanha alerta contra mosquito da dengue Agentes combatendo criadouro de dengue em ralo (Nathalia Filipe/Prefeitura de Santos)

O Aedes aegypti é preto com pintinhas brancas ao longo do corpo. O ciclo do mosquito, da colocação do ovo até a fase adulta, dura entre 10 e 12 dias, em média. Em condições favoráveis (água limpa, parada e calor) o mosquito se desenvolve em até nove dias. Quando ele está adulto, o tempo de vida pode variar de 45 a 60 dias.

Todo e qualquer objeto que possa acumular água pode se tornar um criadouro do mosquito, seja um balde esquecido no quintal, em calhas das casas ou uma tampinha de garrafa que fica ao ar livre. Por isso, o Centro de Controle de Zoonoses orienta que toda semana seja feita uma vistoria na residência ou local de trabalho.

Mais dicas para o controle da doença

O prato do vaso de planta também pode ser foco do mosquito. Elimine o prato ou use um prato justo ao vaso, de forma que não haja espaço entre o vaso e o prato;

É importante deixar a caixa d’água bem fechada e realizar a limpeza regularmente;

Descarte pneus usados em locais autorizados;

Objetos que acumulam água, como potes e garrafas, também devem ser retirados dos quintais;

Lixo: material para reciclagem deve ser mantido em saco fechado e em local coberto.

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