DOAÇÃO

Projeto Solidariedade com Amor doa enxovais à mães carentes

Em meio à pandemia, Maria do Tricô não parou de ajudar gestantes e pede doações de materiais a quem puder contribuir

Marina Aguiar
Publicado em 17/06/2020, às 12h26 - Atualizado em 23/08/2020, às 23h35

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Imagem acervo site

Cobertor, manta, casaco, cueiro e sapatinho. Tudo feito à mão e com muito amor. O primeiro enxoval do bebê já foi presente de dona Maria do Tricô à muitas mães de Bertioga.

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Há 40 anos, Maria Conceição Amparo Marciano dedica-se ao trabalho voluntário para ajudar mães necessitadas de Bertioga e Guarujá. "Eu já passei dificuldade quando minhas filhas eram pequenas e me virei com o tricô. Hoje gosto de ajudar as mães que estão precisando também", declarou.

O enxoval da Maria do Tricô é composto por cobertor, fralda de pano, toalha, toalha de boca, manta, cueiro, macacão, body, mijão, casaco, saída de hospital, short, camiseta e produtos como banheira, fraldas descartáveis, algodão, cotonete, shampoo, sabonete, lenço umedecido e mamadeira.

O trabalho de confecção do enxoval é feito por 15 mulheres dedicadas no projeto Solidariedade Com Amor, que recebe apoio do Rotary Clube de Bertioga - Forte, por meio da presidente Olga Tamashiro. "Ela é meu braço direito, sem ela eu não conseguiria", afirmou Maria. "Além de ajudar com os produtos do enxoval, quando faltam, a Olga doa cestas básicas pra gente entregar para as mães".

Os produtos que não são confeccionados pelo grupo, como materiais de higiene ou peças de roupa de algodão, são comprados com o dinheiro de uma 'vaquinha' mensal. "Cada uma dá R$ 30 por mês e nós compramos um pouquinho de fralda, que é o mais caro, algodão, cotonete, shampoo. Com esse dinheiro também compramos a linha para costurar".

HISTÓRIA 

As doações começaram com uma promessa de dona Maria para manter o marido vivo. "Ele adoeceu e eu prometi que faria enxovais para mães que precisavam para que ele ficasse bom. Mas a doença dele, era uma doença crônica e ele faleceu com 39 anos de idade. Eu fiquei com as três filhas pequenininhas, mas continuei o meu trabalho".

Curiosamente,  o grupo conta sempre com 15 mulheres, mesmo que uma saia, outra entra em seu lugar e mantém o número. "Faleceram algumas, outras se afastaram por doença, mas entrava outra no lugar e continuou 15 do mesmo jeito. E eu devo tudo a elas, são senhoras mais idosas, que sem elas, eu não conseguiria", disse Maria, que hoje tem 75 anos.

Ao final do processo, depois de confeccionar todos os enxovais, o grupo reúne-se e promove uma festa com as mães para entregar os kits, duas vezes por ano. No entanto, com a pandemia de coronavírus, a entrega tem sido individualmente. "Eu marco com as mães e elas vêm buscar aqui em casa".

A pandemia também dificultou os encontros do grupo para tricotar os enxovais. Com as medidas de isolamento, cada integrante tricota de sua casa e depois entrega para que Maria finalize os kits. "Eu mando o material, a linha e o passo a passo e elas fazem e me mandam de volta", explica.

CADASTRO

As mães beneficiadas pelo projeto realizam um cadastro na residência de dona Maria. As que têm mais filhos ou estão passando por uma fase difícil são prioridades. "Elas vêm se cadastrar e eu pesquiso se elas realmente precisam".

COMO AJUDAR

Atualmente, as mulheres do projeto precisam de materiais de costura, como linhas e agulhas de tricô, e produtos não confeccionados pelo grupo, como fraldas, lenço umedecido e mamadeira ou roupinhas de algodão.

Quem quiser contribuir deve procurar dona Maria pelo telefone da filha, Zezé, (13) 99747 3822 ou pelo endereço: rua Maria Benzedeira, 717, Jardim Albatroz.

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