PARTO AO AR LIVRE

Policial militar realiza parto da sua própria filha em São Paulo

“O coração foi a mil, uma mistura de emoção com adrenalina, mas quando ouvi o primeiro choro tudo ficou mais bonito”, relembrou o pai

Da redação
Publicado em 16/05/2021, às 10h31 - Atualizado às 11h12

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Cabo Marusan Oliveira Silva Varjão realizando um parto pélvico, considerado o mais difícil, em uma delegacia de Poá em 2017 Policial militar realiza o parto da sua própria filha em São Paulo - Foto: Polícia Militar
Cabo Marusan Oliveira Silva Varjão realizando um parto pélvico, considerado o mais difícil, em uma delegacia de Poá em 2017 Policial militar realiza o parto da sua própria filha em São Paulo - Foto: Polícia Militar

A última quarta-feira (12) foi um dia de muita emoção para um policial militar e toda a Corporação. Na ocasião, o cabo Marusan Oliveira Silva Varjão trouxe ao mundo, com suas próprias mãos, sua filha mais nova, a pequena Isabele e depois do parto contou com a mobilização de outros colegas de farda para chegar ao hospital.

No dia do ocorrido, o cabo Varjão chegou por volta das 7 horas no quartel do 32º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M), onde trabalha, quando recebeu uma ligação da sua esposa que estava grávida.

“Como perdemos um filho em abril do ano passado, em decorrência de um aborto retido, ela estava preocupada porque estava sentindo muita dor e disse que queria ir ao hospital para verificar se estava tudo certo”.

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Imediatamente, o PM se deslocou até sua companheira para levá-la a uma unidade médica, mas, no caminho, as dores aumentaram e o congestionamento na Radial Leste estava impedindo que eles chegassem logo a um hospital.

“Eu liguei para o 190 e pedi ajuda. Fui muito bem atendimento e viaturas do 8º e 11º BPM/M me encontraram na altura do metrô Carrão para abrir passagem em meio ao trânsito”, contou o cabo.

Mesmo com o auxílio dos colegas de farda, o PM percebeu que sua esposa não aguentaria chegar ao hospital e que sua filha nasceria logo.

“Eu parei o veículo de uma maneira que não ocasionasse um acidente, posicionei minha esposa e realizei o parto ali mesmo, próximo ao metrô Bresser-Mooca”, relembrou Varjão.

Como estava próximo ao Hospital da Cruz Azul, que atende policiais militares, o cabo decidiu não cortar o cordão umbilical e seguiu até a unidade médica, com apoio das outras viaturas. Chegando no local, já havia uma equipe esperando para atender a mãe e o bebê, que passam bem.

O cabo Varjão, que já era pai de duas filhas, de 8 e 14 anos, contou com lágrimas nos olhos sobre o momento de trazer ao mundo sua filha mais nova. “O coração foi a mil, uma mistura de emoção com adrenalina, mas quando ouvi o primeiro choro tudo ficou mais bonito”, finalizou.

De acordo com a Polícia Militar, esse não é o primeiro parto realizado pelo policial. No ano de 2017, o cabo Varjão realizou um parto pélvico, considerado o mais difícil, em uma delegacia de Poá. Os procedimentos para atuar em ocorrências desta natureza são ensinados durante a formação de todo PM.

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