VISITA NO MAR

Pinguins são vistos nadando perto da orla de duas praias no litoral norte de SP; VÍDEO

Registros foram feitos por internautas nas redes sociais em Ubatuba e em São Sebastião

Da redação
Publicado em 25/07/2023, às 11h20 - Atualizado às 11h53

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Pinguim na praia de Maresias, em São Sebastião Pinguins são vistos nadando perto da orla da praia no litoral norte de SP - Foto: Thaís (@netadacarmem)
Pinguim na praia de Maresias, em São Sebastião Pinguins são vistos nadando perto da orla da praia no litoral norte de SP - Foto: Thaís (@netadacarmem)

Dois pinguins foram encontrados próximos às praias do litoral paulista no último final de semana. Um apareceu na praia da Enseada, na região sul de Ubatuba; e o outro na praia de Maresias, em São Sebastião. Biólogos não descartam novas aparições por conta das mudanças nas correntes marinhas vindas do sul do continente.

Em Ubatuba, o registro foi feito pela página ‘Lua Cheia Turismo Naútico’ e compartilhado pela página ‘Curiosidades de Ubatuba’. O pinguim foi visto nas proximidades da faixa de areia e impressionou pela velocidade durante o nado.

Já em São Sebastião, quem registrou o animal na praia de Maresias, na costa sul da cidade, foi a Thaís, da página ‘Neta da Carmem’ no Instagram. A prefeitura de São Sebastião compartilhou o registro nas redes sociais.

“Ele estava sendo acompanhado por um guarda-vidas na hora em que filmei. O guarda-vidas não deixou ninguém se aproximar. Espero que tenha sido resgatado”, disse Thaís.

É a temporada de visitas de pinguins que está aberta no litoral norte de São Paulo e segundo a expectativa dos especialistas é que cada vez mais animais da espécie apareçam nas praias paulistas nos próximos meses.

De acordo com o Instituto Argonauta, responsável pelo resgate e acompanhamento desses animais em Ubatuba, Caraguatatuba, Ilhabela e São Sebastião, o período em que eles costumam dar as caras vai de maio a outubro.

Apesar disso, o pico começa justamente agora, no mês de julho, e segue até o fim de agosto. Neste ano, já foram contabilizados mais de 10 registros.

Os pinguins-de-magalhães vivem na Patagônia Argentina durante o período de fim e início de ano para reprodução. Depois desse período, eles deixam a região para buscar comida em todo o Atlântico Sul e, naturalmente, têm as águas brasileiras como parte do caminho.

Durante a jornada, alguns animais acabam sendo atraídos por alimentos que ficam mais próximos à costa e se perdem do grupo. Cansados e muitas vezes já debilitados, eles procuram o litoral paulista para descansar.

“É um movimento natural de migração, mas os pinguins encontraram vários desafios e alguns se perdem do grupo. Alguns desses problemas, inclusive, são interferências humanas, que acabam atrapalhando o processo de migração”, alerta Carla Beatriz Barbosa, bióloga e coordenadora do Instituto Argonauta.

A mudança de temperatura do planeta, a presença de lixo no mar e a contaminação da água são alguns dos fatores que atrapalham as aves.

“Ultimamente temos percebido que muitos pinguins têm ficado doentes por conta da contaminação bacteriana causada pela presença do esgoto na água, o que acaba os debilitando”, disse Beatriz.

Por conta disso, alguns animais são encontrados pelo instituto já mortos. Os pinguins vivos passam por um processo de reabilitação e, dependendo da recuperação, são devolvidos à natureza.

Orientações

Diante da abertura da temporada de pinguins no litoral, o Instituto Argonauta fez uma lista com as recomendações necessárias sobre o que fazer caso um deles seja encontrado, seja na água ou na areia.

  • Se o animal estiver nadando, não se aproxime;
  • Se ele estiver tentando sair da água, dê espaço, pois ele pode estar cansado;
  • Se o pinguim estiver na areia, é necessário chamar a equipe de atendimento;
  • Não puxe o animal, pois ele pode se sentir ameaçado;
  • Não tente devolvê-lo à água. Se ele veio para a areia, precisa descansar e de cuidados;
  • Isole a área para manter o animal afastado de curiosos, cachorros e urubus;
  • Não o coloque em contato com o gelo ou dentro do isopor;
  • Não estresse o animal e nunca tente alimentá-lo;
  • Se possível fotografe sem flash. Toda informação é importante para auxiliar na preservação destes animais.

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