PGJ ouve lideranças sobre classificação de atividade religiosa como essencial

MPSP
Publicado em 08/03/2021, às 19h45 - Atualizado às 19h45

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Em reunião virtual na tarde desta segunda-feira (8/3), o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, ouviu a argumentação de parlamentares que representam lideranças de diversas confissões acerca do decreto que classifica a atividade religiosa como essencial, possibilitando assim a realização de celebrações, cultos e demais encontros presenciais de caráter religioso durante a fase vermelha. O PGJ examina agora vários cenários, incluindo o de uma recomendação para a volta à exclusão dos ofícios religiosos do rol de atividades essenciais, o que implicaria a manutenção apenas do ingresso dos fiéis para oração nos templos, neste momento em que todo o Estado enfrenta o grau de maior restrição previsto no Plano São Paulo, sem qualquer aglomeração.

"Temos procurado enfrentar a pandemia com muita responsabilidade", disse Sarrubbo no início da reunião, que contou ainda com a participação do subprocurador-geral de Justiça de Relações Institucionais, Arnaldo Hossepian Júnior, e do subprocurador-geral de Justiça Jurídico, Wallace Martins Paiva Júnior, bem como dos promotores Arthur Pinto Filho (coordenador do gabinete de crise da covid-19 do MPSP), Susana Henriques da Costa (chefe de Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça e secretária do gabinete de crise) e Eduardo Tostes (integrante do gabinete de crise).

"Temos que diminuir ao máximo a circulação de pessoas", sustentou o PGJ, apontando a alta taxa de ocupação dos leitos de UTI e o maior índice de transmissibilidade das novas cepas do coronavírus como fatores críticos. "De duas semanas para cá, a situação progride de forma nunca vista", registrou Pinto Filho. Tostes, por sua vez, trouxe dados colhidos com os promotores que atuam na linha de frente. Em Presidente Prudente, por exemplo, houve um acréscimo recente de dez novos leitos de UTI. Mesmo assim, pela manhã, havia 31 pacientes de covid-19 aguardando regulação (nove intubados). No ABC, onde a taxa de leitos atinge 35,3 por 100 mil habitantes, o nível de ocupação das vagas de UTI bateu em mais de 84%. Também foram expostas as preocupantes situações de Marília e de Itapeva.

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Patrícia Ellen, que representou o governo na reunião ao lado do secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, ratificou a preocupação. Segundo ela, a semana epidemiológica encerrada no último sábado indicou um salto de 19% no total de internações, o maior crescimento registrado no Estado desde o início da crise sanitária.

Sarrubbo, na parte da manhã, já havia se reunido com os médicos que integram o comitê da covid-19 da Procuradoria-Geral de Justiça, os quais manifestaram a mesma preocupação externada pelo PGJ.

Fonte: MPSP

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