Semana do Meio Ambiente

Parque das Neblinas protege mais de 90 espécies de orquídeas

Entre as já identificadas na reserva, está a micro-orquídea: segunda menor espécie da família no Brasil

Da Redação
Publicado em 28/05/2019, às 07h38 - Atualizado em 23/08/2020, às 19h27

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Micro-orquídea, a segunda menor orquídea do Brasil, mede cerca de dois milímetros - Eliza Carneiro
Micro-orquídea, a segunda menor orquídea do Brasil, mede cerca de dois milímetros - Eliza Carneiro

As trilhas do  Parque das Neblina s são repletas de vida: em uma caminhada em meio à Mata Atlântica é possível avistar a grande diversidade botânica protegida na reserva da Suzano, gerida pelo Instituto Ecofuturo. A área, com 6 mil hectares, abriga mais de 500 espécies da flora já identificadas, número que representa a variedade de plantas endêmicas deste bioma.

Até este ano, foram registradas a partir de estudos 87 famílias botânicas no Parque – ou seja, conjunto de espécies com características em comum. A mais numerosa entre as famílias são as orquídeas (Orchidaceae), que possuem mais de 25 mil espécies catalogadas, sendo que 90 delas florescem no Parque, incluindo a Barbosella miersii, conhecida popularmente como micro-orquídea, a segunda menor orquídea do Brasil, que mede cerca de dois milímetros.

Outra espécie de orquídea presente na reserva é a Pabstia jugosa, alvo de coleta indiscriminada para uso ornamental. Este fator, alinhado ao desmatamento, colocou a planta na lista de espécies ameaçadas de extinção no Brasil, já que essa família se apoia em troncos de árvores específicas para se desenvolver.

Segundo o orquidófilo Masuji Kayasima, especialista em produção de micro-orquídeas no Brasil, o Parque das Neblinas cumpre um papel importante na conservação das orquídeas. “Cada espécie precisa de quantidades diferentes de luz e umidade, e o Parque oferece essas condições ideais para que floresçam, além de ter uma localização privilegiada para a dispersão de matrizes – as plantas reprodutoras que ajudam na preservação da espécie – por sua proximidade com o Parque Estadual da Serra do Mar”, afirma.

Para Paulo Groke, diretor de Sustentabilidade do Ecofuturo, há oportunidades para novas pesquisas na área. “O Parque das Neblinas é um rico ambiente para o estudo da Mata Atlântica e de sua biodiversidade. E, embora muito já tenha sido pesquisado, ainda há grande potencial de identificação de espécies, além de estudos sobre dinâmica populacional de fauna e flora”, conclui.

Além das orquídeas, a reserva ainda possui como destaque 24 espécies de bromélias (Bromeliaceae). Ao todo, são mais de 1.200 espécies de biodiversidade já identificadas, sendo três novas para a ciência. Para conhecer mais sobre a diversidade de plantas e animais protegidos na área, confira a publicação “A biodiversidade no Parque das Neblinas”, disponível gratuitamente no site do Ecofuturo.

Sobre o Parque das Neblinas

Reconhecido pelo Programa Homem e Biosfera da UNESCO como Posto Avançado da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, o Parque das é uma reserva ambiental da Suzano, gerida pelo Ecofuturo, com 6 mil hectares. No local, são desenvolvidas atividades de ecoturismo, pesquisa científica, educação ambiental, manejo e restauração florestal e participação comunitária. Mais de 1.250 espécies já foram identificadas no Parque e para conhecer mais sobre a diversidade de animais e plantas protegidos na reserva, confira a publicação “A biodiversidade no Parque das Neblinas”, disponível gratuitamente no site do Ecofuturo.

Sobre o Instituto Ecofuturo

O Instituto Ecofuturo contribui para transformar a sociedade por meio da conservação ambiental e promoção de leitura, integrando livros, pessoas e natureza. Entre as principais iniciativas estão o projeto Biblioteca Comunitária Ecofuturo, com a implantação de mais de 100 bibliotecas no País, e a gestão do Parque das Neblinas, onde são desenvolvidas atividades de educação ambiental, pesquisa científica, ecoturismo, manejo e restauração florestal, e participação comunitária. Organização sem fins lucrativos, fundada em 1999 e mantida pela Suzano, o Instituto atua como articulador entre sociedade civil, poder público e o setor privado.

Conheça mais sobre o Ecofuturo em  www.ecofuturo.org.br

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