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Operação Cavalo-Marinho mira em fraude fiscal e lavagem de dinheiro

MPSP
Publicado em 22/09/2021, às 17h46 - Atualizado às 17h50

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Reprodução - Reprodução
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"Estamos falando em mais de meio bilhão de reais", disse o promotor de Justiça Luiz Henrique Dal Poz, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), referindo-se ao valor sonegado em ICMS e tributos federais, prejudicando o investimento em educação, saúde, merenda e combate à pandemia do coronavírus. "É enorme a nocividade da sonegação", disse Dal Poz, em entrevista coletiva concedida na tarde desta quarta-feira (22/9) pelas autoridades que deflagraram a Operação Cavalo-Marinho, mirando o cometimento de delitos de fraude fiscal, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação do Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (CIRA-SP), formado por integrantes da Secretaria da Fazenda e do Planejamento, do Ministério Público de São Paulo e da Procuradoria-Geral do Estado, contou com a participação da Procuradoria Regional da Fazenda Nacional na 3ª Região e com o apoio da Polícia Civil, através do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE), e da Polícia Militar. Foram mobilizados 16 promotores de Justiça, 11 servidores do MPSP, 45 agentes fiscais de Renda, 19 procuradores do Estado, 16 procuradores da Fazenda Nacional, além de 41 equipes das divisões de Captura e Garra da Polícia Civil e de policiais militares do Estado de São Paulo.

Dal Poz explicou que as instituições analisarão o material apreendido em endereços de Osasco, São Paulo, Barueri, Itupeva, Jundiaí e Mairiporã. "A documentação é bastante ampla a respeito de movimentação financeira e atividades econômicas das empresas", disse. Ainda de acordo com o promotor, houve apreensão de valores em espécie em real e moedas estrangeiras, além de mídias eletrônicas. O alvo principal dos 19 mandados de busca e apreensão é um dos maiores estaleiros da América Latina. De acordo com as investigações, a fraude iniciava-se com o uso de laranjas na estrutura societária das empresas do grupo empresarial. Há suspeitas de que a venda das embarcações ocorria com substancial subfaturamento do seu valor.

Fonte: MPSP

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