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Operação Águas Vivas detecta envolvimento de agentes públicos com loteamento

MPSP
Publicado em 13/12/2021, às 18h16 - Atualizado às 18h21

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Reprodução - Reprodução
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A Operação Águas Vivas, deflagrada na manhã desta segunda-feira (13/12) pelo Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e do Parcelamento Irregular do Solo Urbano (Gecap), pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e pela Polícia Ambiental, terá desdobramentos, além da área criminal, também na área de tutela coletiva, buscando responsabilizar os infratores também no campo ambiental e até mesmo da improbidade administrativa, já que foram identificados agentes públicos em conluio com pessoas que promovem loteamentos clandestinos na região da Guarapiranga, vital para o abastecimento de água de São Paulo. "Não vamos tolerar corrupção", enfatizou o secretário especial de Políticas Criminais do MPSP, Arthur Lemos Júnior, durante entrevista coletiva concedida ao lado do secretário especial de Tutela Coletiva, Mário Malaquias, do promotor Mateus Castilho (Gecap) e do major John Herberth Rodrigues (Polícia Ambiental).

Malaquias esclareceu que atuação do Ministério Público para conter a expansão desordenada em uma área tão sensível do ponto de vista ambiental será cada vez mais integrada. Ele adiantou que os infratores poderão ser obrigados pela Justiça a ressarcir o poder público pelo dano ambiental, porque houve derrubada de vegetação e supressão de cursos de água. Os lotes no empreendimento clandestino alvo da operação desta segunda eram comercializados a cerca de R$ 100 mil cada um, o que indica que os compradores não eram pessoas tão desinformadas como costuma ocorrer neste tipo de delito.

Castilho recomendou, ao se deparar com qualquer tipo de oferta em áreas próximas aos mananciais, o potencial comprador busque informações acerca da regularidade do loteamento, sob pena de perder todo o dinheiro dispendido na compra. "A pessoa não vai nem conseguir registrar o terreno, será uma posse precária", informou o promotor.

De acordo com o major, a Polícia Ambiental continuará priorizando ações na zona sul de São Paulo, região em que foram mapeadas 3.000 nascentes.

Fonte: MPSP

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