*Crédito: JCN
Sair de casa e dirigir ou caminhar para qualquer direção tornou-se tarefa difícil no loteamento Citymar, em Bertioga. Há cerca de quatro meses, duas obras de saneamento básico interferem no nivelamento do solo. Os principais problemas, segundo os moradores, encontram-se nas ruas A e B; na última, por exemplo, um caminhão que fazia entregas ficou atolado na manhã de quarta-feira, 22, por causa da lama.
Para o militar reformado Jackson Neves dos Santos, morador do bairro, a situação está insustentável. “Nós sabemos das necessidades e das vantagens que essas obras de saneamento trazem para a saúde da população. O problema é a demora para terminar e a falta de planejamento por tentarem fazer tudo de uma só vez”.
O motorista do caminhão atolado, o comerciante Henrique Queiroz Luz, somou-se aos moradores. “Essa não é a primeira vez que tenho esse tipo de problema. Há algumas semanas perdi meu motor de arranque neste mesmo local. Nem carro com tração nas quatro rodas consegue transitar por aqui”, reforçou.
O proprietário da JM Dias, terceirizada contratada pelo loteador, José Maria Santana Dias citou as dificuldades encontradas devido a geografia do terreno. “Não vejo falta de planejamento. Esse local tem um lençol freático alto e, inclusive, um rio passava por aqui. Para executar essa obra, nós estabilizamos o solo, e a chuva nos atrapalhou. Independente disso me comprometo em arrumar uma passagem mesmo que provisória caso a chuva pare”.
Os moradores elaboraram um abaixo-assinado e o entregaram a vereadora Valéria Bento (PMDB), que acionará o Ministério Público para buscar uma solução. Por meio de nota, a prefeitura informou não ter equipes trabalhando no nivelamento das vias da localidade, mas o fará posteriormente à conclusão dos serviços executados pela JM Dias. Já a Companhia de Saneamento do Estado de São Paulo (Sabesp) informou comprometer-se apenas com obras externas a loteamentos. O loteador, por sua, vez não foi localizado até o fechamento desta edição.
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