PREVENÇÃO

Novo sistema de alerta de risco é discutido entre Governo de SP e operadoras de telefonia

Tarcísio de Freitas solicitou às telefônicas incluir, prioritariamente, 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo e outras nove do Litoral Paulista no projeto-piloto

Da redação
Publicado em 15/03/2023, às 09h10 - Atualizado às 11h13

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O alerta aparecerá na tela e o usuário precisa confirmar que visualizou a mensagem Novo sistema de alerta de risco é discutido entre Governo de SP e operadoras de telefonia Pessoa segurando smartphone - Pexels
O alerta aparecerá na tela e o usuário precisa confirmar que visualizou a mensagem Novo sistema de alerta de risco é discutido entre Governo de SP e operadoras de telefonia Pessoa segurando smartphone - Pexels

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, se reuniu na segunda-feira (13) com executivos de operadoras de telefonia móvel para discutir opções tecnológicas para melhorar o sistema de alertas à população em áreas de risco em casos de possíveis desastres naturais.

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O secretário-chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil do Estado, coronel Henguel Ricardo Pereira, e representantes do órgão também estiveram presentes ao encontro.

Atualmente, o sistema de alertas é feito por meio de mensagens SMS, mediante cadastro do usuário – há cerca de 2,6 milhões de usuários cadastrados no estado de São Paulo. A ideia, segundo o governador de São Paulo, é montar um sistema de alertas mais moderno, chamado cell broadcast, que tem o diferencial de enviar os alertas para Estações Rádio Base (ERB), que direcionam a mensagem automaticamente para todos os aparelhos celulares que estejam em seu raio de cobertura. O método já é utilizado nos Estados Unidos, no Japão e em países da Europa.

“O dono do celular pode estar jogando, assistindo filme, fazendo o que for, a mensagem vai aparecer e chamar a atenção da pessoa. Ao sair da área onde as torres estão recebendo e distribuindo os alertas da Defesa Civil, aquele celular deixa de receber os alertas”, explicou Tarcísio de Freitas. O alerta aparecerá na tela e o usuário precisa confirmar que visualizou a mensagem.

O sistema já está em processo de construção do projeto-piloto no país. O governador paulista, porém, solicitou às telefônicas incluir, prioritariamente, 39 cidades da Região Metropolitana de São Paulo e outras nove do Litoral Paulista. São áreas consideradas de risco para deslizamentos de terra e com população estimada em 1,5 milhão de habitantes.

“É um alento saber que essa questão estará equacionada para o próximo verão. Tenho de pensar no futuro e ter um sistema eficiente de alerta de Defesa Civil eficiente. Temos de fazer diferente do que sempre foi feito. Celular é algo que pessoas de qualquer extrato social têm e temos de usar isso para fazermos comunicação de possíveis tragédias”, reforçou.

Foi definida a criação de um grupo de trabalho composto por membros do Governo de São Paulo e das empresas de telefonia. O objetivo é discutir os custos e a implantação da tecnologia necessária para o início do sistema. O grupo terá 120 dias para apresentar o relatório final.

“Demos um importante passo hoje. Precisamos melhorar o sistema de alertas de desastre no estado de SP e a criação deste grupo de trabalho vai permitir adotarmos um sistema já consolidado em vários países desenvolvidos”, destacou o governador.

Também participaram do encontro o CEO da Oi, Rodrigo Abreu; o head de Soluções da Oi, Marcelo Moraes; o vice-presidente de Relações Institucionais da Vivo, Renato Gasparetto; o diretor de Relações Institucionais da Vivo, Tiago Brocardo; o diretor de Relações Institucionais da Tim, Cleber Affanio; e o vice-presidente da Claro, Oscar Petersen.

Capacitação

Tarcísio de Freitas lembrou que também será necessário investir na capacitação da população para saberem como atuar quando um alerta for emitido. Segundo ele, é preciso treinar todos, incluir a cultura de Defesa Civil nas escolas e melhorar a exatidão dos radares meteorológicos no estado para manter a credibilidade desses alertas.

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“Incluir nas escolas a disciplina Defesa Civil é uma medida essencial para a criança que mora em área de risco, estuda em área de risco. Isso será um diferencial para termos uma atuação efetiva e que proteja vidas”.

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