Na Globonews, Sarrubbo defende reduzir circulação contra coronavírus

MPSP
Publicado em 10/03/2021, às 11h15 - Atualizado às 11h15

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5d93b6b7843e1_3 - Reprodução
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"Estamos a caminho de um verdadeiro colapso", disse o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, em entrevista concedida na manhã desta quarta-feira (10/3) à Globonews sobre a recomendação expedida por ele na terça para a suspensão de atividades esportivas, como jogos de futebol, e reuniões de caráter religioso. O PGJ afirmou que, num momento no qual todo o Estado se encontra na fase vermelha, a mais restritiva do Plano São Paulo, é necessário reduzir ao máximo a circulação de pessoas e, consequentemente, a disseminação do coronavírus. De acordo com Sarrubbo, como fiador dos direitos constitucionais, cabe ao Ministério Público proteger a saúde da população. A recomendação ao governo do Estado, portanto, se deu neste contexto. "Quanto menor circulação, mais estaremos protegidos", salientou ele à jornalista Julia Duiailib.

No "Jornal da Manhã", da Rádio Jovem Pan, Sarrubbo reiterou a urgência de se implementar um "isolamento social mais rígido". Ele argumentou ao âncora Thiago Uberreich, ao repórter José Maria Trindade e ao comentarista Paulo Figueiredo que a conjuntura exige "opções duras". Trindade apontou efeitos econômicos negativos na estratégia de enfrentamento à covid-19. "Nós reconhecemos o prejuízo que as pessoas têm", afirmou Sarrubbo, destacando que esse aspecto não escapa à percepção do MPSP. "Acho que o Brasil precisa de um movimento de reconstrução nacional", declarou. Mas ele sublinhou a necessidade de se focar no tripé sem o qual fica impossível superar a pandemia: uso de máscara, isolamento social e vacina.

Figueiredo questionou o PGJ sobre o princípio constitucional que garante liberdade de credo. "A Constituição vale?", indagou o comentarista. "A Constituição vale", respondeu Sarrubbo taxativamente. "Tanto é que a nossa recomendação diz que os templos podem permanecer abertos", complementou, explicando que o documento refere-se à suspensão de atividades religiosas coletivas, que provocam aglomeração. O procurador-geral também rechaçou a tese de Figueiredo, segundo quem o modelo da Flórida, onde o comentarista mora, seria adequado para a realidade brasileira. "Você não pode comparar o tecido social da Flórida com o tecido social brasileiro", enfatizou Sarrubbo, citando as condições precárias de moradia de grande parte das famílias aqui.

Fonte: MPSP

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