Em entrevista concedida na noite desta quinta-feira (23/9) ao "Jornal da CNN", o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, detalhou qual foi o seu propósito ao criar a força-tarefa que vai apurar se a aplicação de remédios sem eficácia comprovada contra a covid-19 em pacientes da Prevent Senior que vieram a óbito configura crime de homicídio. "Podemos estar lidando com crimes contra a vida. Que se faça justiça. Não podemos assistir sentados e de braços cruzados", disse Sarrubbo, em conversa com o âncora Wiliam Waack e a comentarista Raquel Landim.
O PGJ explicou aos jornalistas que, em tese, a conduta do plano de saúde pode ter sido marcada por "falsidade ideológica, lesão corporal" e falta de notificação devida às autoridades de saúde, infringindo o artigo 269 do Código Penal. Sarrubbo enfatizou que a orientação repassada à força-tarefa integrada pelos promotores do Tribunal do Júri Everton Zanella, Fernando Pereira, Nelson dos Santos Pereira Júnior e Neudival Mascarenhas Filho, que trabalharão em conjunto com o promotor natural, Rodolfo Bruno Palazzi, é realizar uma "investigação criteriosa" sobre as circunstâncias em que se adotou o "tratamento precoce".
O grupo, informou o PGJ, vai avaliar também os documentos que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia remeterá ao MPSP, conforme ele havia solicitado ao Senado Federal.
Fonte: MPSPComentários