saúde e educação

Moradores do Caruara realizam manifestação por melhorias

População critica falta de manutenção nas escolas e necessidade de médicos na policlínica do bairro

Marina Aguiar
Publicado em 21/03/2018, às 11h41 - Atualizado em 23/08/2020, às 16h36

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Moradores fecharam a rua Andrade Soares, único acesso ao bairro, na manhã de sábado, 17 - JCN
Moradores fecharam a rua Andrade Soares, único acesso ao bairro, na manhã de sábado, 17 - JCN

Moradores do Caruara, na área continental de Santos, realizaram uma manifestação na rua Andrade Soares, único acesso ao bairro, na manhã de sábado, 17. Entre as reivindicações, eles pedem melhorias nas UMEs Judoca Ricardo Sampaio Cardoso e Noel Gomes Ferreira, além de mais médicos na policlínica do bairro. As UMES ficaram sem aulas nos dias 12, 13 e 14 de março, o que motivou a manifestação.

A assistente administrativa Fabiana Carvalho de Oliveira tem uma filha de 14 anos e um de 15, prejudicados por falta de aulas. "Quando chove, alaga tudo, tenho dois filhos na UME Judoca Sampaio e eles não tiveram aulas por causa do problema do gás e das enchentes", informou. 

O problemas educacionais foram ressaltados pela auxiliar administrativa Heloísa Carla Pinheiro de Campos, que batia panelas e criticava a atuação do prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa: "As crianças só tiveram aula duas vezes na última semana. A entrada da escola tem que ser transferida para a rua principal, a Andrade Soares, pra serem feitas comportas do lado do muro e evitar a entrada de água que vem da cachoeira. Falta merenda escolar, a Seduc cortou a merenda pela metade. E não temos professores qualificados para crianças especiais, só temos uma que se divide entre a escola e a creche. Ambas as instituições apresentam problemas de manutenção", declarou.

Saúde

A vereadora bertioguense Valéria Bento (PMDB) compareceu à manifestação para apoiar as mães. "Sempre apoio as mulheres e estou vendo as mães com as crianças sem aula. Tem uma médica que é especialista em tudo para atender todo o bairro do Caruara e ginecologista não tem há um ano. Tem que se manifestar, sim", disse.

Heloísa informou que a policlínica do bairro funciona, mas gostaria que se tornasse UPA. "Tem estrutura pra isso, só não tem médicos. Temos uma médica cubana que vem uma vez por semana e se reveza nas especialidades. Somos oito mil moradores cadastrados na unidade de saúde e não temos médicos, nem medicação", lamentou.

Em nota, a prefeitura de Santos informou que policlínica do Caruara "faz parte da Estratégia de Saúde da Família, do Ministério da Saúde, e conta com uma médica generalista, que está apta e realiza o atendimento e acompanhamento dos usuários ao longo da vida, desde crianças até idosos, incluindo o atendimento à saúde da mulher, o qual nunca teve descontinuidade neste serviço. Além da profissional médica, a unidade também conta com um chefe de seção enfermeiro, uma enfermeira e três técnicos de enfermagem, além de agentes comunitários de saúde".

Quanto à educação, a Secretaria de Educação esclareceu que são efetuadas manutenções pontuais e periódicas nas escolas da rede municipal, além de visitas frequentes. Informou, também, que existe um estudo e um processo aberto para a mudança da entrada da UME Judoca Ricardo Sampaio Cardoso para a rua Andrade Soares, evitando, assim, alagamentos no prédio. E outro estudo, também com o intuito de evitar alagamentos, está sendo feito na UME Noel Gomes Ferreira. A secretaria destacou ainda que existem processos abertos para outras intervenções na UME Judoca e na UME Noel para melhorar as estruturas dos locais. 

A prefeitura esclareceu que, na semana passada, foram enviadas lâmpadas para suprir as necessidades das duas unidades do bairro. A Seduc explicou que houve um problema na válvula do botijão de gás da UME Judoca, que já foi resolvido, e que não há falta de nenhum alimento no abastecimento das escolas.

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