Ministro promete interceder em defesa de posto local da Anvisa

Costa Norte
Publicado em 03/07/2015, às 10h28 - Atualizado em 23/08/2020, às 14h38

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Durante visita realizada ao porto de São Sebastião, na quarta-feira, 1º, o ministro da Secretaria de Portos da Presidência da República Edinho Araújo comprometeu-se em interceder junto ao Ministério da Saúde, em busca do retorno no posto local da Anvisa, desativado no mês de junho, gerando inúmeros protestos e insegurança na população local.

O objetivo de Edinho é garantir os serviços portuários: “É preciso que o porto atenda satisfatoriamente a demanda e os serviços que competem à Anvisa, que não ocorram percalços, principalmente, se considerarmos a relevância que ele assumirá em futuro próximo”. Apesar de interceder, ele destacou não ter poder de decisão sobre o tema. “Trabalhamos juntos com todos os ministérios, mas a questão é de competência da Saúde. Intercederei e avaliarei, conjuntamente com eles, a situação”.

Sindicato desconfia

Contatada pelo Costa Norte, a coordenadora Sueli Dias Pereira, do Devisa/Senasp - Departamento de Vigilância Sanitária da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, afirmou que o apoio do ministro é bem-vindo, mas que a notícia do fechamento do posto não deveria ser tomada como novidade por Edinho: “Já fomos até o gabinete dele, em Brasília, e nos reunimos com seus assessores, além de termos, no início dessa semana, encaminhado documentos, apontando a necessidade da manutenção do local em atividade [...] Porém, todo o apoio é bem-vindo. Agora estamos produzindo um dossiê, a ser encaminhado aos dois gabinetes ministeriais, já que acreditamos que o nível dessa interferência dele vai depender dos esclarecimentos que o ministro receba. Vamos muni-lo de dados para facilitar essa negociação”.

A representante sindical destacou a preocupação com a inexistência de um posto da agência em um porto com movimentação expressiva, como a que se espera alcançar nos próximos anos em São Sebastião. Ela disse: “Movimentando 600 mil unidades, temos grande chance de necessidade de interferência, de alguma doença entre os tripulantes... Precisamos ter ciência que não ter registro do comandante não significa que não tenha ocorrência. Existem clandestinos, ocasionais óbitos a bordo, uma série de fatores que; se não existe a fiscalização, passam batido”.

Na opinião de Sueli, a diretoria da Anvisa deveria preocupar-se em melhorar atendimento, e não em fechar postos: “O risco sanitário é muito maior do que o custo de manutenção do posto local”.

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