Mercadante diz que 440 mil professores ganharão bolsas de estudo

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Publicado em 06/10/2012, às 05h25 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h49

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Por Maria Paula

Afastado temporariamente do MEC, Mercadante esteve na região para prestar apoio político aos candidatos do PT

Em visita a São Vicente, no último domingo (30), o ministro da Educação Aloízio Mercadante anunciou a construção de 5,5 mil creches em todo o país e, o lançamento do programa ‘Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa’, destinado a alfabetizar crianças de até os 08 anos de idade. De acordo com ele, os professores alfabetizadores, atualmente 440 mil, ganharão bolsas de estudo como estímulo. O programa já conta com o apoio de 37 universidades federais apoiando a iniciativa do governo federal.

“Todos os secretários de Educação do Estado já aderiram ao programa, então, essa vai ser a nossa grande prioridade: alfabetizar”, afirmou o ministro.

Afastado temporariamente do MEC, Mercadante esteve na região para prestar apoio político aos candidatos petistas da Baixada Santista.

Creches

O ministro também lembrou que o governo federal disponibiliza R$ 1,3 milhão para a construção de creches e o município só tem que garantir o terreno para receber a verba. “O MEC constrói as creches com dinheiro próprio e coloca em funcionamento em um ano e meio”, explicou o ministro, que já garantiu 06 creches para São Vicente. Ele ainda prometeu, assim que acabar a eleição, entregar tablets (computadores de mão) para todos os professores da rede de ensino médio da Baixada e mais projetores para as salas de aula.

Salário de docentes

Mercadante considerou o último reajuste dado aos professores (22%), o maior de todos os concedidos aos servidores públicos, no ano passado.  Na opinião dele, o piso de R$ 1.431,00 ainda precisa melhorar, mas afirmou que esse ano, o reajuste será menor por conta de uma queda na arrecadação do Fundeb, que serve de base de cálculo para o aumento. De acordo com Mercadante, há um movimento dos governadores e dos municípios pela busca de um novo critério de cálculo salarial. “Nós estamos abertos a negociar, mas não aceitamos a tentativa de alguns governadores que não haja aquecimento real no piso”, disse. Ele também acredita que um bom salário atrai bons profissionais para o setor.

Ideb

Na opinião do ministro, a média nacional de 5.0, alcançada na última avaliação do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), está indo num ritmo muito bom. Mais importante que alcançar a meta dos países desenvolvidos, que é de 6.0, é manter o aluno na escola, afirma. “O Ideb avalia matemática, português e o fluxo, ou seja, se a escola reprova muito ela perde e, se o aluno desiste de estudar, a escola perde mais ainda”, acrescentou. O ministro disse que o Brasil tem até 2021 para atingir a meta de 6.0.

Metade das vagas das universidades federais será destinada aos alunos da rede pública

O ministro Aloízio Mercadante também falou da novidade que o governo federal vai oferecer, a partir de 2013, aos jovens que desejam ingressar na universidade. Além do Prouni e do Fies, ele disse que o governo vai liberar metade das vagas de todas as universidades federais aos alunos do ensino público. As vagas serão destinadas aos cursos de Medicina, Engenharia, Arquitetura e Economia.

“Estamos locando metade das vagas e isso vai dar uma grande motivação, porque hoje eles somam 88% dos alunos e não têm a mesma participação”, admitiu.

Bolsas

Outra novidade vai para o aluno que superar os 600 pontos do Enem e entrar em uma universidade. “Esse aluno poderá pleitear uma bolsa no programa ‘Ciência sem Fronteira’. São 100 mil bolsas para os melhores do Brasil nas melhores universidades do mundo”, disse Mercadante.

Unifesp

Quanto à Unifesp da Baixada Santista, o ministro disse que o momento é de consolidar a instalação de infraestrutura que o prédio da instituição necessita. Está previsto ainda, a curto e médio prazo, o fortalecimento dos cursos de Engenharia, visando à chegada do pré-sal. “Precisamos cada vez mais de engenheiros no Brasil porque há um déficit muito grande nessa área e eu vejo um futuro muito promissor para a universidade da Baixada”.

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