Na manhã de segunda-feira, 24, o prefeito de Ilhabela Márcio Tenório recebeu em seu gabinete a secretária de Desenvolvimento Social Nilce Signorini, além da promotora pública Maria Caputti, vereadores e representantes das comunidades tradicionais caiçaras, que apresentaram ao chefe do Executivo um pré-projeto sobre a inclusão do pescado na alimentação escolar do município, por meio da pesca artesanal da comunidade caiçara.
O programa visa beneficiar toda a comunidade escolar, com a inserção de um cardápio mais saudável e rico em nutrientes, assim também como a comunidade tradicional caiçara, que fornecerá o pescado, matéria-prima para a composição dos pratos. Para dar início ao programa, será necessária a construção de uma fábrica de gelo e uma unidade de beneficiamento do pescado (UBP), além da capacitação dos pescadores. Segundo Nilce Signorini, “fornecer outros produtos, não apenas o peixe, como a mandioca, a batata-doce, a farinha, o palmito jussara, ou seja, a produção realizada por eles, sempre tudo orgânico, e a implantação na merenda escolar será um grande benefício para todos”.
Segundo a secretária, a unidade de beneficiamento e a fábrica de gelo gerarão e distribuirão renda aos pescadores artesanais das comunidades de Castelhano e Praia Mansa, que poderão fornecer os seus produtos no arquipélago e para outros municípios. “O excedente produzido poderá ser vendido para a população através de um mercado municipal e, futuramente, pretendemos trabalhar na implantação de tanques em terra ou no mar. Enfim, são projetos que vamos ainda discutir e estudar a sua adaptação ao plano diretor das águas”.
Márcio Tenório disse que a cidade precisa também ter um local para a comercialização dos produtos produzidos pelos caiçaras, e este espaço será implantado para que estes moradores possam trabalhar. “Integrar a Casa do Caiçara com um mercado municipal será excelente para que as 17 comunidades tradicionais caiçaras possam ter a sua sobrevivência, que, hoje, não mais conseguem sobreviver apenas de sua agricultura de subsistência como no passado. Precisamos priorizar e resgatar nossas comunidades”.
Ilhabela
Da redação
Foto: Camila Migliorini/PMI
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