Relatório semanal divulgado pela Cetesb aponta que Ubatuba, Santos e Praia Grande são as cidades com o maior número de praias impróprias neste fim de semana
Um levantamento da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) apontou que o litoral de São Paulo tem 40 praias impróprias para banho. Os dados foram divulgados na quinta-feira (11) e são válidos por uma semana.
A Baixada Santista é a região com mais praias impróprias para banho, juntas somam 27 pontos com bandeira vermelha. Já o Litoral Norte soma 13 praia impróprias. Veja lista completa.
Em Ubatuba as praias impróprias são: Enseada, Itaguá (Av. Leovegildo, 240), Itaguá (Av. Leovegildo, 1724), Maranduba, Dura e Perequê - Mirim
Em Caraguatatuba as praias impróprias são: Centro, Indaiá e Porto Novo
São Sebastião:
Em São Sebastião as praias impróprias são: São Francisco e Porto Grande
Em Ilhabela apenas a praia Itaquanduba é apropriada para banho.
Em Bertioga todos os pontos inspecionados pela Cetesb apontaram para praia apropriada para banho.
Em Guarujá as Praias Impróprias para banho são: Perequê, Enseada (rua Chile) e Enseada (Av. Santa Maria).
Em Santos os dados são enviados por meio da prefeitura à Cetesb, são elas: Aparecida, Boqueirão, Gonzaga, José Menino (rua Olavo Bilac) e José Menino (Av. Frederico Ozanan).
Em São Vicente, as praias impróprias para banho são: Milionários, Gonzaguinha e Prainha.
Já em Praia Grande as praias que não são apropriadas para os banhistas são: Vila Mirim, Maracanã, Real, Flórida, Jardim Solemar.
As praias impróprias de Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe são: Central, Vera Cruz, Santa Eugênia, Parque Balneário, Estância Balneária, Jardim Regina, Gaivotas, Icaraíba, Prainha, Guaraú.
Questões como a densidade demográfica da região, o lançamento de esgoto sem tratamento e, claro, a presença de microrganismos na água ou na areia podem afetar essa classificação.
Regiões muito populosas: quanto mais populosa é a região, mais ela precisa de infraestrutura. Muitas cidades litorâneas possuem uma infraestrutura de saneamento que atende já de forma precária a população residente, e não dá conta da demanda de veranistas. Praias muito populosas e que recebem muitos turistas costumam sofrer mais com a poluição e a destruição de seus ecossistemas.
Chuvas: a incidência de chuvas altera a balneabilidade de certas praias, já que há muito carregamento de dejetos para a areia e o mar. Logo após uma chuva muito forte, evite o banho;
Presença de lixo e esgoto: lugares que não têm uma boa infraestrutura sofrem com a falta de coleta de lixo e tratamento de esgoto. Sem saneamento básico adequado, a qualidade da água das praias pode ficar imprópria para banho, mesmo que o mar aparente estar limpo;
Presença de coliformes fecais: são as bactérias e microrganismos de vários tipos que vivem no intestino de animais de sangue quente e que podem estar presentes na água e na areia por vários motivos, como o lançamento de esgoto sem tratamento. Se a quantidade desses coliformes, também chamados de termotolerantes, for alta, a praia está suja e imprópria para o banho. A regulação também testa para a presença de enterococos e da bactéria Escherichia coli.
Os principais prejuízos para quem frequenta praias impróprias para banho estão relacionados à saúde das pessoas. A contaminação das praias geralmente se dá pela presença de bactérias, vírus e protozoários na água, na areia ou em ambos, que podem causar diversas doenças nos seres humanos.
A poluição geralmente acontece pelo despejo de esgoto sem tratamento nessas áreas, ou da disposição muito próxima da orla, e pode ocasionar doenças como gastroenterite, micoses, viroses e, em casos mais graves, hepatite A. Ou seja, o que deveria ser um momento de lazer, vira um problema de saúde pública e um risco para você e sua família.
As doenças de veiculação hídrica, em sua maioria, são fáceis de tratar. Porém, têm sintomas como diarreia, vômito e febre, o que impacta bastante o dia a dia das pessoas. Em outros casos, tratamentos como o de micoses, uma infecção causada por fungos que causa sintomas como coceira, vermelhidão, aparecimento de manchas brancas e/ou descamação da pele —, demanda uso de medicamentos e o tratamento pode durar longos períodos.
Outra via de contágio bastante comum é por meio da ingestão de comida contaminada, que teve contato com água poluída. Assim, se for se alimentar na praia, procure saber como são lavados os alimentos e os utensílios do restaurante para evitar problemas como a gastroenterite.
Mas o caso pode ser mais grave quando a água contaminada contém o vírus que transmite a hepatite A. Ela pode ser transmitida por meio de alimentos, principalmente frutos do mar — como moluscos, que filtram grande volume de água e acabam retendo o vírus —, ou pela ingestão da água infectada. É uma doença contagiosa que tem como sintomas cansaço, vômito, dor abdominal, olhos e pele amarelados (icterícia) e urina escura.
É importante estar atento aos sinais dessas doenças e procurar atendimento médico assim que os sintomas surgirem, principalmente no caso de crianças e idosos, que podem ter complicações mais graves. Dessa forma, garante-se um tratamento adequado e uma recuperação mais rápida.
O relatório semanal de praias pode ser encontrado no site da Cetesb.
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