Investimentos de US$ 20,9 bi em SP até 2015

Costa Norte
Publicado em 29/07/2011, às 08h27 - Atualizado em 23/08/2020, às 13h20

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O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli de Azevedo, apresentou nesta quarta-feira (27), em SP, o Plano de Negócios da companhia para o período 2011/2015. O evento contou com a participação de 400 empresários paulistas e foi organizado em parceria com a Fiesp, Apimec, IBP, Abimaq, Abdib, Abeme e ABM.       O Plano de Negócios, aprovado pelo Conselho de Administração da Cia., na última sexta-feira (22), prevê investimentos de US$ 224,7 bilhões (ou R$ 388,9 bilhões) até 2015. Para a região Sudeste, estão previstos US$ 139,2 bilhões, sendo que o Estado de SP, especificamente, deverá receber investimentos de US$ 20,9 bilhões. Deste total, serão US$ 8,248 bilhões para Exploração e Produção, US$ 9,851 para Refino, Transporte e Comercialização e outros US$ 1,575 para Biocombustíveis, entre outros projetos.

Ambicioso Gabrielli reconheceu que trata-se de um plano ambicioso, mas assegurou que a proposta é tecnicamente e financeiramente rentável. Entre as principais alterações no portfólio - se comparado ao plano anterior - estão, por exemplo, o acréscimo de US$ 8,7 bilhões em investimentos em Exploração e Produção, devido ao aumento substancial de importância do pré-sal. No total, o E&P receberá US$ 117,7 bilhões. “Hoje o pré-sal representa 2% da produção da Petrobras e em 2020 corresponderá a 40,5% deste total”, justificou.

Novas áreas

Gabrielli ressaltou ainda que serão investidos mais de US$ 4 bilhões por ano na busca por novas áreas exploratórias. O presidente lembrou a relevância do Brasil nos últimos 5 anos para a indústria de petróleo mundial, já que o país responde atualmente por um terço das descobertas recentes em águas profundas.   

Projetos O Plano de Negócios conta com 688 projetos com custo acima de US$ 25 milhões e mais de 3 mil projetos com investimento inferior a este valor. Segundo Gabrielli, “cerca de 34% destes projetos acima de US$ 25 milhões foram aprovados pela direção da Cia. antes de 2009 e outros 50% antes de 2011. Com isso, pode-se afirmar que os projetos que compõem o Plano possuem um grau de maturidade, conhecimento e aprovação interna muito significativos”.   Destaques

Entre os destaques do Plano, estão a instalação de 19 grandes projetos de produção, com incremento de produção de 2,3 milhões de barris de petróleo por dia de capacidade. A Cia. prevê a perfuração de mais de mil novos poços offshore, sendo 40% deles exploratórios e 60% para desenvolvimento da produção. Para as áreas de Refino, Petroquímica e Logística serão destinados mais de US$ 70 bilhões. A capacidade de refino da Petrobras será acrescida de 395 mil barris de petróleo por dia até 2015 e os investimentos também serão direcionados para a conclusão do processo de modernização do parque de refino. “Em 2010, a importação líquida alcançou 5% da demanda total e se não fizermos esse investimento em refino o país pode chegar em 2020 com importação de 40%, o que representaria uma grande dependência do mercado internacional”, lembrou o presidente da Petrobras.    

Fornecedores

Gabrielli destacou ainda o papel fundamental da cadeia de fornecedores da Petrobras para que o Plano de Negócios da Cia. alcance seus objetivos. Entre os recursos necessários para o crescimento da produção estão a contratação de 28 sondas a serem construídas no Brasil até 2020 com conteúdo nacional superior a 65%. O presidente ressaltou que cerca de 255 mil fornecedores diretos e indiretos deverão ser impactados pelo Plano de Negócios da Petrobras nos próximos anos.

“Em 2010, a importação líquida alcançou 5% da demanda total. Se não fizermos investimento em refino, o país pode chegar em 2020 com importação de 40%, o que representaria uma grande dependência do mercado internacional” Gabrielli, presidente da Petrobras

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