Inquérito vai apurar eficácia de sistema de cotas e combate ao racismo na USP

Apurar existência de políticas antirracistas adequadas e suficientes ao combate e enfrentamento do racismo estrutural no âmbito da Universidade de São Paulo (USP) é um dos objetivos de inquérito instaurado nesta quinta-feira (29/7) pela Promotoria de Justiça de Direitos Humanos da Capital. Os membros do MPSP Anna Trotta Yaryd e Eduardo Valério querem saber ainda se a instituição de ensino implementa medidas voltadas a garantir a permanência e o bem-estar dos alunos cotistas, assim como para a completa eficácia da política afirmativa de cotas.

Ao darem início ao procedimento, os membros do MPSP levam em consideração, entre outros aspectos, os recentes casos de suicídio de estudantes da USP, relatos de precariedade da moradia estudantil e a necessidade de instituir mecanismos preventivos e repressivos de fiscalização das cotas, tendo em vista os altos índices de fraude constatados pelo Comitê Antifraude e denunciados à Pró-Reitoria de Graduação. 

Foi dado prazo de 30 dias para que a Reitoria, o Conselho de Graduação, a Comissão de Acompanhamento da Política de Inclusão e a Superintendência de Assistência Social apresentem as informações solicitadas.