INSPIRADOR

Homem que venceu câncer e virou esportista após amputação comove internautas

Amputação de uma perna aos 17 anos, violento câncer na bexiga e duas ostomias estão entre as trilhas tortuosas na estrada de vida de Angelo dos Santos, o Saci Trilheiro; ele próprio, que hoje é um trilheiro tarimbado, conta como superou os obstáculos em relato emocionante e inspirador

Da redação
Publicado em 04/07/2021, às 11h36 - Atualizado às 13h46

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"Minha ostomia não me define", diz Saci Trilheiro, em relato inspirador A mais bela história de superação que você vai ver hoje: Os emocionantes caminhos do Saci Trilheiro
"Minha ostomia não me define", diz Saci Trilheiro, em relato inspirador A mais bela história de superação que você vai ver hoje: Os emocionantes caminhos do Saci Trilheiro

Uma história de superação emocionou trilheiros brasileiros na manhã deste sábado (3). No grupo Trilhas SP nas redes sociais, com quase meio milhão de praticantes ou entusiastas da modalidade esportiva, um trilheiro diferente revelou um pouco da sua história e provocou comoção e reflexão.

Esse esportista diferente é o geografo Angelo dos Santos, mais conhecido nas redes como Saci Trilheiro. Angelo enfrentou trilhas tortuosas na estrada da vida, mas não se abateu com os gigantescos pedregulhos que encontrou pelo caminho, superou as intensas tempestades e chegou ao topo da montanha da felicidade.

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Como seu próprio apelido indica, o Saci Trilheiro não tem uma das pernas. Angelo sofreu uma amputação aos 17 anos. Mas os obstáculos não param por aí. Há 24 anos, um câncer na bexiga também o obrigaria a fazer duas ostomias.

https://www.facebook.com/photo/?fbid=10226503201312578&set=gm.4140193719394817

De acordo com Escola Paulista de Enfermagem da Unifesp, "a ostomia é um procedimento cirúrgico que cria o estoma, um orifício, na parede abdominal ou na traqueia, de maneira definitiva ou provisória. Sem a estomia, os quadros de inúmeros pacientes não teriam solução” afirma a escola, que também esclarece.

“A cirurgia é feita para auxiliar a pessoa que tem câncer, ou sofreu acidente, ou nasceu com problema, ou tem alguma doença (doenças inflamatórias intestinais e doença de Chagas). É um procedimento que promove a qualidade de vida do paciente. Mas, ainda têm pessoas com preconceito ou que olham torto quando alguém diz ou mostra que é ostomizado”.

https://www.facebook.com/photo?fbid=10226151171752059&set=a.10203146404647259

Além da amputação de uma perna, Angelo não fez uma ostomia, mas duas.

“O câncer acabou com a minha bexiga”, relembra ele, num relato emocionante. “A ostomia me mantém vivo. Já são 24 anos. Primeiro com colostomia, depois passei a usar urostomia. Usei as duas bolsas por um tempo. Nesse período,  fiz o curso superior e arrumei emprego. A bolsa de colostomia foi retirada, e hoje uso só a bolsa de urostomia.”

A superação, diz Saci, não veio de uma hora para a outra. Houve muitas tempestades e trevas até o nascer do sol no topo da montanha.

https://www.instagram.com/sacitrilheiro/

“Nem sempre foi assim. No início, até sair de casa achava difícil. Também achava que não conseguiria fazer uma trilha mais difícil por causa da bolsa e amputação. Mas fui adquirindo confiança aos poucos, até chegar aqui” relembra Angelo, que vive em Ponta Grossa, no Paraná.

Hoje, a história do Saci Trilheiro inspira outras pessoas que tem montanhas aparentemente intransponíveis diante de si, e ele sabe disso.

“Minha ostomia não me define. Usar a bolsa de urostomia não me limita a fazer nada. Foi por causa dela que estou vivo. Compartilhar minha experiência é uma forma de incentivar outras pessoas a encarar os desafios que a vida apresenta e viver uma vida mais feliz”, disse ele, no inspirador relato que comoveu mais de 6.000 pessoas, somente no grupo de trilheiros.

“Obrigada pela motivação. Faz cinco meses que descobri um câncer com metástase e infelizmente o pensamento de que minha vida acabou é muito presente. Exemplos como o seu são uma inspiração”, agradeceu uma internauta.

Ilustrando seu emocionante relato, Angelo, o Saci Trilheiro, naturalmente, usa a fotografia dele em uma bela trilha. Sob um céu azulado, com um monte verdejante ao fundo, ele paira sobre uma perna só, no topo de um monte, com as muletas abertas... Abertas como asas.

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