Atuar na prevenção e atenção na saúde básica, além da criação de um plano de carreira regionalizado ao profissional da Saúde. Essas são algumas definições da 1ª reunião técnica da recém-criada Agência de Saúde da Baixada Santista, coordenada pelo médico infectologista e assessor especial de Saúde da Secretaria de Estado, David Uip. O encontro aconteceu segunda-feira (24), no Casa Grande Hotel, em Guarujá, e contou com a presença do secretário estadual da Saúde, Giovanni Cerri, representantes dos setores de saneamento, desenvolvimento social, educação, habitação e secretários municipais da Saúde da região. A prefeita de Guarujá, Maria Antonieta de Brito (PMDB), abriu os trabalhos, ressaltando o apoio do Estado. Ela também lembrou que é a primeira vez, na sua gestão, que a cidade recebe o secretário estadual da Saúde. “Ficamos feliz com as perspectivas de melhoras na atenção básica, emergência e definição de apoio para o Hospital Maternidade Ana Parteira”, frisou.
Identificação de problemas Para o secretário de Estado, Giovanni Cerri, a ideia é que sejam identificados os problemas na região, para que o Estado possa tornar as ações necessárias. “Precisamos mudar o panorama atual da Saúde na Baixada a curto, médio e longo prazo. Esse grupo técnico é quem vai decidir o que precisa ser feito”, disse Cerri.
Sistema de consórcio Já o médico David Uip eclareceu que os trabalhos serão desenvolvidos no sistema de consórcio com os nove municípios da região. Segundo ele, o grupo vai atender a demanda da Baixada. As reuniões serão mensais, uma vez em cada município, iniciando por Peruíbe. “As discussões serão apontadas pelos municípios e serão encaminhadas ao secretário estadual para apreciação, de forma ágil”, disse Uip, ressaltando: “O slogan da Agência da Saúde da Baixada Santista é que a ambulância não suba a serra. A Baixada precisa criar condições para resolver os seus problemas de saúde.”
Plano de carreira Outra proposta levantada neste 1º encontro é a de criar um plano de cargos e carreiras para os profissionais da Saúde da região. Para Uip, o profissional da área deve ser bem remunerado, incentivado e ter acesso à capacitação. Neste sentido, a Agência também tem o apoio da APM (Associação Paulista de Medicina). A falta de leitos na região também foi apontada no encontro, porém, o secretário da Saúde de Guarujá, Cássio Luiz Rosinha, afirmou que “não adianta aumentar os números de leitos se não houver uma atenção básica resolutiva”. Para o secretário, é necessário priorizar soluções de atendimentos ambulatorial e básico. “A presença do secretário estadual sinaliza que o Estado está querendo minimizar os problemas da Saúde na Baixada”, finalizou Rosinha.
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