Combustível

Greve dos caminhoneiros ameaça abastecimento no litoral norte

Nesta quarta-feira, as manifestações atingem 23 estados, com 253 focos de protesto

Reginaldo Pupo
Publicado em 23/05/2018, às 13h38 - Atualizado em 23/08/2020, às 16h51

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Postos de gasolina do Litoral Norte com filas - Via WhatsApp
Postos de gasolina do Litoral Norte com filas - Via WhatsApp

A greve nacional dos caminhoneiros, deflagrada na segunda-feira, 21, contra o aumento no preço dos combustíveis, ameaça o abastecimento de diversos produtos nas quatro cidades do litoral norte. Na quarta-feira, 23, as manifestações atingiam 23 estados, com 253 focos de protesto. Os caminhoneiros pedem mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras (medida que o governo refuta) e redução da carga tributária para o diesel (que está em negociação).

As estradas de acesso à região, como a rodovia dos Tamoios (que liga São José dos Campos a Caraguatatuba), Mogi-Bertioga e Oswaldo Cruz (que liga Taubaté a Ubatuba) tiveram pequenos bloqueios em pontos estratégicos, mas sem prejudicar o fluxo de veículos pequenos.

Filas

Na quarta-feira, 23, em Caraguatatuba, os postos de combustíveis registraram filas de veículos, cujos motoristas temiam a falta do produto. Alguns deles chegaram a encher o tanque e, depois, retornavam aos estabelecimentos para encher galões. O vendedor Mário Lúcio Almeida, 53 anos, que estava na fila para abastecer em um posto do bairro São Francisco, em São Sebastião, disse: “Melhor prevenir a correr o risco de ficar sem combustível no final de semana, já que dependo do carro para trabalhar”.

Imagem acervo site

Imagem acervo site

De acordo com funcionários de alguns postos, o estoque deveria ser zerado entre a quarta e  a quinta-feira, dias 23 e 24. Aproveitando a grande demanda, alguns postos da região chegaram a cobrar R$ 5,49 o litro da gasolina. Diversos estabelecimentos encomendaram o reabastecimento às distribuidoras ainda na segunda-feira, mas os caminhões-tanque ficaram retidos nas estradas, por causa da greve.

Com a escassez de combustível, as empresas de ônibus tiveram que readequar os horários, visando rodar menos com seus coletivos para economizar o produto, já que não há previsão de reabastecimento de seus tanques.

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