PROJETO DE MONITORAMENTO

Gremar resgata mais de 400 pinguins em Santos, SV, Guarujá e Bertioga

Os resgates aconteceram entre junho e agosto de 2020

Da Redação
Publicado em 19/08/2020, às 18h16 - Atualizado em 10/09/2020, às 09h22

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Divulgação/Gremar
Divulgação/Gremar

Em ações pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), o Instituto Gremar já contabiliza um total de 402 pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) resgatados nas praias do Santos, São Vicente, Guarujá e Bertioga, no litoral de São Paulo, entre os dias 20 de junho e 13 de agosto de 2020.

Deste número, 122 foram resgatados com vida, sendo 62 em Bertioga; 43 no Guarujá, 13 em Santos e 4 em São Vicente; outros 280 foram resgatados mortos ou vieram a óbito antes de chegar ao Centro de Reabilitação e Despetrolização de Animais Marinhos, no Guarujá (SP): 126 em Bertioga, 131 no Guarujá, 5 em Santos e 18 em São Vicente).

A maioria dos pinguins encontrados com vida estava abaixo do peso e com sinais de exaustão, alguns em estado grave. Outros casos incluem ferimentos leves, e presença resíduos sólidos (lixo) no trato gastrointestinal. 

Passados quase dois meses desde o primeiro resgate, parte deles tem apresenta evolução positiva durante a reabilitação. Por isso, um grupo já foi realocado em recinto externo, com tanque de volume médio disponível, onde dá sequência aos processos de fortalecimento da musculatura e de impermeabilização de penas, fundamentais para que possam retomar a longa rota que os espera em alto mar.

De acordo com o Instituto, a equipe segue trabalhando para salvar o maior número de vidas possível, assim como as demais instituições que integram o PMP-BS, visto que o encalhe de pinguins-de-magalhães tem ocorrido em diversos pontos do litoral brasileiro nos últimos meses.

Período migratório

A chegada do inverno no Hemisfério Sul representa o início do período migratório da espécie. Os pinguins partem das colônias que habitam na Argentina, Chile e Ilhas Malvina rumo à costa brasileira, em busca de alimento. O longo trajeto, a influência das correntes marinhas e o eventual impacto de ações antrópicas costumam aumentar o número de encalhes em nosso litoral.

Nestes casos, o Instituto Gremar recomenda aos munícipes que não toquem, nem devolvam os animais ao mar. Também deve-se evitar aglomerações e fazer contato o mais rápido possível com a instituição ambiental mais próxima. 

O Instituto Gremar pode ser acionado para resgates de animais marinhos, vivos, debilitados ou mortos pelos telefones 0800 642 3341 e (13) 99711 4120.

Atenta às recomendações das autoridades de saúde devido à pandemia do Covid-19, a equipe do Instituto Gremar em conjunto com a coordenação do PMP-BS área SP e a Petrobras, tem adotado medidas rígidas para prevenir o contágio e dar continuidade ao trabalho de resgate e reabilitação de animais marinhos da melhor forma possível. 

O uso de equipamentos e insumos adequados, o trabalho em home office do setor administrativo e a restrição do número de colaboradores nos recintos dos animais, salas de cirurgia e manejo, além do monitoramento, estão entre eles. 

O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.

Esse projeto tem como objetivo avaliar os possíveis impactos das atividades de produção e escoamento de petróleo sobre as aves, tartarugas e mamíferos marinhos, por meio do monitoramento das praias e do atendimento veterinário aos animais vivos e necropsia dos animais encontrados mortos. O projeto é realizado desde Laguna/SC até Saquarema/RJ, sendo dividido em 15 trechos. O Gremar monitora o Trecho 9, compreendido entre São Vicente e Bertioga.

Para acionar o serviço de resgate de mamíferos, tartarugas e aves marinhas, vivos debilitados ou mortos, entre em contato pelos telefones 0800 642 3341 ou (13) 99711 4120.

Para mais informações, acesse www.comunicabaciadesantos.com.br.

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