Por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), o MPSP ofereceu denúncia no âmbito da 5ª fase da Operação Ouro Verde, denominada Operação G6. Os alvos são os gestores de fato da Organização Social Vitale, que era responsável pela administração do Complexo Hospitalar Prefeito Edvaldo Orsi.
A denúncia foi oferecida contra Carlos José Massarenti, Walter Souza Pinto (atual diretor-geral da Organização Social Insaúde) e Waldomiro Monforte Pazin (médico e atualmente procurador da Organização Social João Marchesi). Eles são acusados pelos crimes de organização criminosa, fraude à licitação e peculato. Junto com réus já denunciados nas fases anteriores, Massarenti, Pinto e Pazin se associaram com o fim de usar a atuação de agentes públicos por equiparação para a prática das infrações penais, tendo inicialmente fraudado o chamamento público 02/2015 na cidade de Campinas e, por ao menos 18 vezes, desviado dinheiro público direcionado à saúde da população.
Os denunciados nesta quarta-feira (16/12), juntamente com os colaboradores Daniel Augusto Gonsales Camara, Paulo Roberto Segatelli Câmara e Ronaldo Pasquarelli, atuavam comandando e gerindo três organizações sociais: Vitale, Insaúde e João Marchesi. Os lucros indevidos eram igualmente repartidos entre os seis integrantes do núcleo, denominado por eles próprios como “G6”.
A Operação Ouro Verde foi iniciada em 2017, culminando em 4 fases subsequentes. A primeira delas (Haustório) foi deflagrada em 30 de novembro daquele ano, tendo como denunciados Aparecida de Fátima Bertoncello, Daniel Augusto Gonsales Câmara, Fernando Vítor Torres Nogueira Franco, Paulo Roberto Segatelli Câmara, Ronaldo Foloni e Ronaldo Pasquarelli. Eles foram apontados como os responsáveis formais e de fato pela Vitale, pois agiam visando lucro e com o objetivo de distribuir, entre si, o patrimônio recebido mediante o repasse de recursos públicos.
Posteriormente, em 22 de março de 2018, deflagrou-se a segunda fase da Operação Ouro Verde (Caduceu), a fim de responsabilizar os agentes públicos que trabalhavam no Departamento de Prestação de Contas da Secretaria Municipal de Saúde de Campinas. Eles recebiam propina para garantir, de forma indevida, a aprovação das contas da entidade, permitindo os desvios de recursos públicos de forma reiterada.
Já em 22 de novembro de 2018 ocorreu a terceira fase da Ouro Verde, batizada como Operação Reação, envolvendo um secretário municipal, ex-diretores da organização social, fornecedores, o coordenador de radiologia do hospital, um lobista e o proprietário do jornal Correio Popular.
A Operação Várzea Paulista, quarta fase da Ouro Verde, foi deflagrada para apuração dos crimes praticados pela Vitale no contrato celebrado com a Prefeitura de Várzea Paulista.
Fonte: MPSPComentários