LAVAGEM DE DINHEIRO

Gaeco deflagra operação contra exploração de jogos de azar na Baixada Santista

Operação cumpriu 42 mandados de busca e apreensão em locais relacionados a uma organização criminosa dedicada à exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro

MPSP
Publicado em 20/09/2021, às 10h16 - Atualizado às 11h53

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Reprodução - Reprodução
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O Ministério Público, por meio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e a Polícia Militar deflagraram, na manhã desta segunda-feira (20/9), operação para o cumprimento de 42 mandados de busca e apreensão em locais relacionados a uma organização criminosa dedicada à exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. 

De acordo com as investigações, a organização criminosa controla, atualmente, mais de 600 pontos, nas cidades do Guarujá, Bertioga, Cubatão, Santos e São Vicente, nos quais explorar máquinas de caça níquel.

A grande quantidade de locais controlados pela organização criminosa exigia um sofisticado sistema para garantir o gerenciamento da atividade. Esse sistema foi identificado a partir de um parecer técnico do CAEX, que apontou hiperlink de internet que dava acesso ao sistema.

A partir da autorização judicial foi feita ampla análise do conteúdo do referido hiperlink, apurando-se um sofisticado sistema destinado ao controle de pontos de exploração de jogos de azar, com informações sobre o nome do estabelecimento, endereço, número de máquinas caça níquel e tipo de máquina utilizada, bem como informações sobre prêmios e valores pagos:

As investigações também identificaram ao menos quatro empresas utilizadas para a lavagem dos valores obtidos com a atividade contravencional. Referidas empresas serviam à organização criminosa responsável pela exploração de jogos de azar, a quem forneciam máquinas de pagamento via cartão bancário.

Referidas máquinas eram utilizadas para o recebimento dos valores das apostas feitas pelos jogadores e os valores correspondentes transitavam pelo sistema bancário e financeiro totalmente desvinculado da organização criminosa, como se fossem valores decorrentes de atividade empresarial, desta forma ocultando a origem e dissimulando a movimentação dos valores produto da contravenção.

Estas empresas, apenas no período investigado, movimentaram mais de R$ 13 milhões.

Os mandados foram cumpridos nas cidades de Guarujá, Santos, São Vicente, Praia Grande, Itu e na Capital.

Fonte: MPSP

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