Funcionários da Viação Bertioga iniciam greve parcial nesta segunda

Iniciou nesta segunda-feira, 15, a greve parcial dos funcionários do transporte público de Bertioga. Devido uma liminar conquistada pela Viação Bertioga junto ao Poder Judiciário, a paralisação funciona de forma parcial. 

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Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e Região, a partir desta segunda-feira, ficou decidido funcionamento mínimo de 80% das linhas nos horários considerados de pico, ou seja, das 6h às 9 horas e 16h às 19 horas, e 60% nos demais horários, sob pena de multa diária de R$ 50 mil, caso haja descumprimento.

O sindicato informou ainda que os trabalhadores não receberam os salários de junho e a cesta-básica desde o dia 5, e o vale-refeição desde o dia 25 de junho. Além disso, a Viação Bertioga também estaria em débito com o pagamento de férias, plano de saúde e Fundo de Garantia (FGTS).

A Diretoria de Trânsito e Transporte, da prefeitura de Bertioga, informou que, caso haja greve, fiscalizará para que sejam mantidos os serviços, conforme determinação da Justiça.

O vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Santos e Região, José Alberto Torres Simões ‘Betinho’, aguarda reunião de instrução e conciliação ainda não marcada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Disse ele: “Pedimos desculpas à população, que não tem culpa pelas irregularidades trabalhistas da empresa, e apostamos que a Justiça do Trabalho fará justiça”.

O secretário-geral do sindicato, Eronaldo José de Oliveira ‘Ferrugem’, aponta que a lei de greve (7783-1989) 'é seguida à risca'. "Respeitamos a lei e esperamos que a empresa nos respeite, pagando o que é devido”, disse.

A greve é por tempo indeterminado. A Viação Bertioga atende a 12 mil passageiros por dia.

Os trabalhadores quase entraram em greve em 17 de junho, mas o movimento foi evitado porque a empresa pagou, nos dias 13 e 14 daquele mês, o que devia aos empregados. Eles estavam sem receber os salários e a cesta-básica desde 7 de junho, quinto dia útil do mês. E sem o vale-refeição desde 25 de maio. “Exatamente como agora”, reclama Beto Simões.