Onze funcionários acusados de praticar agressões contra internos em uma unidade da Fundação Casa na capital paulista foram afastados de suas funções a pedido da Promotoria da Infância e Juventude.
A decisão da Câmara Especial do Tribunal de Justiça acatou recurso impetrado pelos promotores Paula Camasmie, Flávio Lorza, Fernando Simões, Paulo Arantes e Ana Carolina Villaboim após o Juízo de primeiro grau ter negado o pedido para afastar os servidores.
No recurso, os membros do MPSP apresentaram um sólido conjunto de provas para demonstrar a ocorrência de abusos físicos e psicológicos na unidade. Os relatos citados nos autos dão conta, por exemplo, de um procedimento apelidado de "recepção", em que novos internos foram vítimas de agressões, ameaças e constrangimentos. Exame pericial realizado em um adolescente revelou hematomas no abdômen e nos braços, caracterizando lesões corporais causadas por agente contundente.
O processo tramita em segredo de Justiça.
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