Imunização

Estado alerta para vacinação contra febre amarela antes de viagens ao Litoral Norte

Quem pretende viajar no feriado prolongado de 7 de setembro para Caraguatatuba, São Sebastião ou Ilhabela deve avaliar a situação vacinal, pois a proteção efetiva contra a febre amarela inicia somente dez dias após a aplicação

Da Redação
Publicado em 03/09/2018, às 07h30 - Atualizado em 23/08/2020, às 17h22

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Praia Grande terá oito polos de vacinação contra a covid-19 - Diego Bachiéga/PMB
Praia Grande terá oito polos de vacinação contra a covid-19 - Diego Bachiéga/PMB

A Secretaria de Estado da Saúde alerta a todos que pretendem viajar no feriado prolongado de 7 de setembro às cidades do Litoral Norte, como Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela, que avaliem ou atualizem sua situação vacinal. Para garantir uma proteção efetiva, a vacina deve ser tomada com dez dias de antecedência. 

O alerta da Secretaria de Estado também é destinado aos moradores da região, cujas cidades têm intensificado as ações de imunização para aumentar a cobertura vacinal. Devido a circulação do vírus, todo o território paulista já tem recomendação da vacina. No Litoral Norte, a cobertura vacinal é superior a 85%. Ainda assim, moradores de outras localidades do estado precisam estar imunizados antes de se deslocarem para a região.

Segundo informou a pasta, ações conjuntas e preventivas têm sido realizados em conjunto com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente, devido à identificação de oito macacos mortos na Unidade de Conservação do Parque Estadual da Serra do Mar – Núcleo Caraguatatuba. A área continuará aberta à visitação, sendo fundamental que o frequentador ou turista tome a vacina pelo menos dez dias antes frequentar o local. Faixas já foram fixadas em pontos estratégicos do parque com mensagens de orientação à população.

Os funcionários do parque estão capacitados para orientar visitantes e conscientizar moradores do entorno, bem como para acionar as equipes de saúde diante da identificação de epizootias (morte ou adoecimento de macacos), seguindo os protocolos de vigilância epidemiológica em curso no estado.

A pasta também mobilizou agentes da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) para captação dos mosquitos transmissores da febre amarela silvestre – mosquitos sabethes e haemagogus – a fim de identificar se esses vetores estão infectados. Amostras dos macacos também estão em análise pelo Instituto Adolfo Lutz com a finalidade de verificar se há positividade do vírus.

Vacina

A partir da campanha neste ano, o SUS passou a disponibilizar a dose fracionada da vacina, conforme diretriz do Ministério da Saúde. O frasco convencionalmente utilizado na rede pública pode ser subdividido em até cinco partes, sendo aplicado assim 0,1 mL da vacina. Conforme estudos, indica a Secretaria de Estado, a vacina fracionada tem eficácia comprovada de pelo menos oito anos, além disso, as pesquisas prosseguem para avaliar a proteção posterior a esse período. As carteiras de vacinação recebem um selo especial para informar que a dose aplicada foi a fracionada.

O uso da dose padrão é mantido para crianças com idade entre nove meses e dois anos incompletos, pessoas que viajarão para países com exigência da vacina e grávidas residentes em áreas de risco.

Devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina os portadores de HIV positivo, pacientes com tratamento quimioterápico concluído, transplantados, hemofílicos ou pessoas com doenças do sangue e de doença falciforme.

Não há indicação de imunização para grávidas que morem em locais sem recomendação para vacina, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (como por exemplo Lúpus e Artrite Reumatoide). Em caso de dúvida, é fundamental consultar o médico.

Casos

Embora a proporção de semanal de casos e óbitos humanos apresente queda, nos últimos meses, em comparação ao período de auge da doença – no início deste ano –, os dados de epizootias (morte ou adoecimento de macacos) evidenciam que o vírus continua circulando no território.

Em 2018, até o momento, houve 502 casos autóctones de febre amarela silvestre confirmados no Estado e 178 deles evoluíram para óbitos. Desse total, 30,2% das infecções por febre amarela foram contraídas em Mairiporã e 9,5% em Atibaia. Essas duas cidades respondem por 39,2% dos casos de febre amarela silvestre no Estado, e já têm ações de vacinação em curso desde 2017. Entre o total de casos, 14 ocorreram no Litoral Norte, dos quais 5 evoluíram para óbito – São Sebastião (3 casos e 2 óbitos) e Ubatuba (11 casos e 3 óbitos).

Com relação às epizootias, neste ano, 250 macacos tiveram confirmação da doença. A região com maior concentração é a Grande São Paulo, com 52% dos casos. Desse total, 14 casos de primatas não humanos ocorreram na região do Litoral Norte, o que equivale a 5,6%.

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